O conselho escolar de Mason City, Iowa (EUA), está recebendo diversas críticas pelo uso da tecnologia de inteligência artificial (IA) para gerar listas de livros potencialmente baníveis das bibliotecas do distrito antes do próximo ano letivo.
Segundo o Engadget, essa ação é vista como censura e integra o grupo de mau uso da IA – como o uso para golpes de confiança e para gerar conteúdos de spam.
Mudança na Lei
O Arquivo do Senado 496 (SF 496) foi aprovado e assinado pelo governador Kim Reynolds em maio, que promulgou mudanças radicais no currículo educacional do Estado. Entre as mudanças, está nova limitação de quais livros podem ser disponibilizados em bibliotecas escolares e salas de aula, com restrições baseadas em conteúdos “apropriados para a idade” e sem “descrições ou representações visuais de um ato sexual”, de acordo com o Código de Iowa 702.17.
“Nossas bibliotecas de sala de aula e escola têm vastas coleções, consistindo em textos comprados, doados e encontrados”, disse Bridgette Exman, superintendente assistente de currículo e instrução do Mason City Community School District, em comunicado. “Simplesmente não é viável ler todos os livros e filtrar essas novas exigências.”
Como “solução”, o Mason City School District decidiu aplicar o uso da IA para revisar os textos e publicações, com base nas condições impostas pela legislação. O distrito aponta que uma “lista mestra” elaborada a partir de “várias fontes” com base denúncias de conteúdo sexual. Os livros estão sendo digitalizados por um “software de IA”, que diz aos censores do Estado se realmente há ou não uma representação sexual no livro.
Lista de livros banidos pela IA
“Francamente, temos coisas mais importantes a fazer do que passar muito tempo tentando descobrir como proteger as crianças dos livros”, disse Exman ao PopSci. “Ao mesmo tempo, temos a obrigação legal e ética de cumprir a lei. Nosso objetivo aqui realmente é um processo defensável.”
Fonte: Olhar Digital
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