Pesquisadores da Michigan State University (MSU), nos EUA, desenvolveram um estudo focado em investigar – por meio da tecnologia big data – a forma que as aves coexistem em habitats populares, se adaptando às mudanças no planeta.

Intitulado “Um gradiente de habitat ambiental e a segregação dentro do habitat permitem a coexistência de espécies de aves ecologicamente semelhantes”, a pesquisa foi publicada na revista Proceedings of the Royal Society B e teve como foco entender como tantas aves podem coexistir na região do ecossistema Albertine Rift, no centro-leste da África. 

Queremos entender como as espécies – neste caso, as aves – coexistem sem levar umas às outras à extinção”. Para proteger uma espécie, você deve primeiro entender onde ela está e por quê.

Sam Ayebare, líder do projeto

Até então, os métodos para entender como animais, pássaros ou insetos usavam o espaço eram baseados em experimentos em laboratórios ou até em pequenos lotes de terra, de acordo com o Phys.org.

Etapas da pesquisa

Em seguida, os cientistas cruzaram esses dados com informações específicas sobre temperatura, precipitação e bancos de dados alimentares das espécies, padrões de atividade, tamanhos corporais e uso do dossel da floresta para alimentação e abrigo.

Resultado

Com a missão de entender como a natureza está mudando, as consequências dessas mudanças e como desacelerar a perda de biodiversidade, a equipe liderada por Ayebare utilizou os resultados desse cruzamento para descobrir onde estavam as diferentes espécies e como elas conseguiam coexistir.

A pesquisa apontou que aves dividem o uso de seu habitat ao longo de gradientes ambientais: temperatura, precipitação e tipos de vegetação florestal. Dentro dos habitats, os pesquisadores viram que pássaros de espécies semelhantes dividiram o território dentro do habitat.

As espécies se organizaram ao longo de milhões de anos. Queremos desenvolver maneiras de descobrir o que eles farão a seguir para sobreviver.

Sam Ayebare, líder do projeto