O mês de julho foi marcado por dias consecutivos de muito calor e diversos recordes de temperaturas quebrados, além de outros desastres e eventos climáticos que assolaram o mundo todo. Agora, a NASA confirmou que esse foi o mês mais quente desde 1880.
Os dados da NASA confirmam o que bilhões em todo o mundo literalmente sentiram: as temperaturas em julho de 2023, o tornando o mês mais quente já registrado.
Bill Nelson, administrador da NASA
As altas temperaturas foram consequências da combinação entre as emissões de gases do efeito estufa e da passagem do fenômeno La Niña para o El Niño, fazendo com que muitas pessoas buscassem se proteger. Na China, por exemplo, a população se escondeu em abrigos antiaéreos, mas muitos não resistiram ao calor.
Além de afetar a população, o excesso de calor em julho também atingiu a atmosfera, os oceanos e os polos da Terra: enquanto alguns locais foram devastados por incêndios, outros foram inundados por tempestades e monções. Nos Estados Unidos, os recifes de corais ao longo da costa tiveram mortalidade de 100%, interrompendo as tentativas de sua recuperação.
Ano mais quente
De acordo com previsões da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) dos Estados Unidos, não só julho, como o ano todo será o mais quente desde que se tem registro.
O ano de 2023 até agora foi o terceiro mais quente já registrado. É praticamente certo – mais de 99% de chance – que 2023 estará entre os cinco anos mais quentes já registrados, com uma probabilidade de quase 50% de que 2023 será o mais quente já registrado.
Sarah Kapnick, cientista-chefe da NOAA, em resposta a AFP
Apesar de ser preocupante, as altas temperaturas estão previstas nas projeções climáticas em condições de El Niño. A grande preocupação não é 2023, mas sim 2024, quando o fenômeno irá afetar drasticamente o planeta.
No entanto, mesmo que o calor de julho e do restante do ano possa ser justificado pelo fenômeno, não podemos descartar os efeitos do aquecimento global nas altas temperaturas. Se medidas forem tomadas agora, podemos evitar consequências ainda mais graves no futuro.
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Fonte: Olhar Digital
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