Estar sob o selo da A24 virou sinônimo de qualidade por um motivo. Nos últimos anos, a produtora e distribuidora independente elevou filmes de pequeno orçamento ao estrelato e às críticas positivas, como aconteceu com Hereditário, A Bruxa e o recente Morte Morte Morte. Alguns foram ainda além e marcaram presença em importantes premiações do cinema internacional, como o Oscar: foi o caso de Moonlight, Aftersun, Minari, A Tragédia de Macbeth e outros. Uma coisa em comum entre tantos nomes está a forte liberdade criativa que a empresa dá a seus realizadores. Isso não foi diferente em Fale Comigo.
O novo filme de terror da A24, na verdade, foi comprado pela produtora no Festival de Sundance no início do ano para ser distribuído nos Estados Unidos, mas não se esquivou de ser taxado de “terror da A24”. Longe de isso ser algo ruim, Talk To Me (título original) logo ganhou a curiosidade do público e mais um título: “o melhor terror de 2023”.
Fale Comigo conta a história de um grupo de amigos que começa a conjurar e incorporar espíritos através de uma mão embalsamada sobrenatural. Nada passa de uma brincadeira, até que eles quebram as regras da tradição e sofrem com as consequências disso.
O Olhar Digital já assistiu e te conta o que esperar do “novo terror da A24”. Claro, tudo sem spoilers!
Muita autenticidade
Poucos jumpscares, mas muita tensão
Os jumpscares viraram um recurso muito utilizado para assustar o público. O que é mais fácil para garantir o medo do que fazer alguém literalmente gritar com um susto repentino?
Porém, engana-se quem acha que o terror vem só disso e os irmãos Phillippou sabem bem como equilibrar os momentos de susto com os de suspense, sem tornar o filme cansativo. Ou seja, nem adianta tentar prever quem está por trás daquela porta ou embaixo daquela cama… em Fale Comigo, a tensão toma conta do espectador justamente pelas saídas surpreendentes.
Atmosfera e som envolvente
Se cabe um conselho aqui: não espere o filme sair no streaming e assista Fale Comigo nos cinemas. Tanto a ambientação quanto a trilha sonora arrepiantes merecem ser ouvidas em um sistema de som de uma sala de cinema. Garanto que aquela velha música conhecida dos filmes de terror ficará ainda mais assustadora.
Efeitos visuais práticos
Seja por uma escolha estilística de Danny e Michael Phillippou ou como um método para contornar o baixo orçamento, Talk To Me não possui nenhum (ou quase nenhum) CGI.
Assim, cenas que poderiam ser amenizadas com o uso da computação, como os momentos de violência ou possessão, viram extremamente gráficas e macabras, tornando o visual do filme ainda mais marcante.
Subtexto do luto e do pertencimento
Performances e uma protagonista muito identificável
Fonte: Olhar Digital
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