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Baixas de peso, ‘chapéus’ e fim de uma era? Liverpool inicia temporada em apuros

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Há tempos o Liverpool não iniciava uma disputa na Inglaterra com tanta desconfiança. Entre perdas de jogadores e dificuldades para remontar o plantel, Jürgen Klopp deve enfrentar uma longa temporada de 2023/24.

Nesta quinta-feira (17), a imprensa europeia divulga que o Chelsea deve “tomar” mais um jogador que era aldo dos Reds como reforço para o meio-campo. O jovem belga Roméo Lavia realiza exames médicos em Londres e deve ser anunciado em transferência de 68 milhões de euros (R$ 370 milhões). 

De acordo com a imprensa inglesa, o Liverpool se recusou a atingir os valores pedidos pelo Southampton. Já no último fim de semana, o Chelsea havia garantido a chegada de outro alvo do rival, o meia equatoriano Moisés Cacedo. Enquanto os Reds lidam com mudanças em cargos estratégicos, como na direção de futebol, os Blues vencem a competição com enorme injeção financeira.

A saída de Sadio Mané, no início da temporada anterior, foi apenas o princípio de um colapso estrutural no Liverpool. O contrato para substituir o senegalês, Darwin Núñez, trouxa uma mudança tática, já que o uruguaio é um centroavante de área. Um ano depois, o camisa 9 não convenceu e saiu do banco de reservas na estreia em 2023/24, justamente contra o Chelsea, em Londres.

O primeiro tempo dos comandados de Klopp até foi interessante, com um gol anotado por Luis Díaz após assistência de Mohamed Salah. Os donos da casa responderam ainda na primeira etapa e dominaram inteiramente a etapa complementar. O Chelsea, agora com Mauricio Pochettino no comando, tieve 65% de posse de bola e sufocou o adversário em seu campo de defesa.

Para piorar a situação e ilustrar um possível fim de ciclo, Mo Salah foi substituído aos 32 da etapa final e não escondeu seu descontentamento. O egípcio retirou a proteção que utiliza na mão de forma abrupta e passou direto por Klopp. A frustração com o extracampo para ter chegado para dentro do gramado.

Perda de sustentação

Na temporada 2022/23, dez jogadores do Liverpool entraram em campo para pelo menos 40 partidas. Salah foi o líder, com 51, e foi seguido por Fabinho, com 49 jogos. Jordan Henderson, dupla do brasileiro, fez 43 duelos.

Duas das principais pelas da engrenagem de meio-campo, os dois últimos rumaram para a Arábia Saudita em uma tacada só. Roberto Firmino, em fim de contrato, também rumou ao futebol árabe e, por fim,  James Milner, já em idade mais avançada, foi liberado para assinar com o Brighton.

Com menor investimento em relação a todos os principais clubes da Premier League, o Liverpool ainda buscou dois meias jovens em Dominik Szoboszlai, ex-RB Leipzig, e Alexis Mac Allister, campeão do mundo com a seleção da Argentina.

Ainda assim, muito pouco para fazer frente a concorrência de clubes que seguem investindo para manter seus planteis tão ou mais competitivo quando em temporadas passadas. Ídolo do Liverpool, o ex-zagueiro Jamie Carragher se soma as vozes que demonstram muita preocupação com o estado atual do Liverpool.

“Eu penso que o Liverpool terá sérios problemas, principalmente no meio-campo. Eles se recusaram a pagar o valor pedido por Lavia. É uma bagunça, uma verdadeira piada. Eles não conseguem colocar as coisas em ordem. Não são apenas os donos, é a estrutura do clube”, disse o agora comentarista.

Há quase uma década no comando dos Reds, Jürgen Klopp viu sua equipe passar por uma queda vertiginosa na temporada passada, quando terminou apenas em quinto e não brigou pelo troféu nesm mesmo nas copas. O momento é turbulento, uma solução parece distante, e o Heavy Metal ficou no passado. Resta saber se o alemão ainda terá tempo de mudar o tom. 

Fonte: Ogol

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