Aumento do buraco na camada de ozônio sobre a Antártida causa preocupações
Apesar da recuperação da camada de ozônio, o buraco sobre a Antártida está maior do que o habitual para esta época do ano, o que pode trazer implicações significativas para o sul do planeta.
Camada de ozônio: Proteção vital
Localizada entre 15 e 30 quilômetros acima da superfície terrestre, a camada de ozônio contém uma alta concentração do gás ozônio, que absorve os raios ultravioletas do Sol e desempenha um papel crucial na proteção da Terra.
According to #CopernicusAtmosphere data, the 2023 ozone hole is starting to form earlier than in 2021 and 2022, in line with the forecast.
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Impacto humano e variações
Produtos químicos liberados pelo homem, como refrigerantes, solventes e aerossóis, têm contribuído para o desgaste da camada de ozônio ao longo do tempo.
O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida foi inicialmente descoberto nas décadas de 1970 e 1980 e tem variado em tamanho ao longo dos anos, inclusive ao longo das diferentes estações. Durante a primavera do Hemisfério Sul, entre agosto e outubro, sua extensão tende a aumentar.
Variações recentes
Nos últimos anos, o buraco sobre a região da Antártida praticamente desapareceu, permanecendo diminuto até o final de agosto de 2022, de acordo com dados do Copernicus Climate Change Service. Contudo, desde 2021, esse buraco tem crescido mais do que o previsto e essa tendência de expansão deve continuar.
Possível causa e consequências
O aumento do buraco na camada de ozônio acima da Antártida pode estar relacionado à erupção subaquática do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, considerada a maior explosão natural em mais de um século, ocorrida até janeiro de 2022 no Oceano Pacífico. Essa erupção lançou gases e empurrou água do mar para a atmosfera, potencialmente afetando a camada de ozônio.
Os efeitos já são observáveis no Polo Sul, incluindo o aquecimento das águas. Essa mudança pode desencadear o derretimento das calotas polares e, consequentemente, contribuir para a elevação do nível dos oceanos.
Fonte: Olhar Digital
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