Depois de atingir o ponto mais distante da Terra (apogeu) e alcançar o ponto mais próximo do Sol (periélio) em sua órbita atual, a Lua termina a semana em duas conjunções: primeiro com Mercúrio e depois com Marte.

Segundo o guia de observação astronômica InTheSky.org, às 8h26 (todos os horários mencionados têm como referência o fuso de Brasília), a Lua vai passar a pouco mais de 6º a norte de Mercúrio. Do ponto de vista de um observador baseado em São Paulo, o par será visível das 7h37 às 19h39, quando o planeta mergulha no horizonte.

Configuração do céu durante a conjunção entre Lua e Mercúrio nesta sexta-feira (18). Note que, pela perspectiva da Terra, Marte também poderá ser visto bem próximo do nosso satélite natural. Crédito: SolarSystemScope

Ainda de acordo com a plataforma, a Lua estará com magnitude de -9, e a de Mercúrio será de 0.6, com ambos na constelação de Leão. Quanto mais brilhante um corpo parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o objeto mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.

A dupla não estará próxima o bastante para caber dentro do campo de visão de um telescópio, mas será facilmente observável a olho nu ou com um par de binóculos.

Conjunção da Lua com Marte não poderá ser vista

Poucos minutos depois de se despedir de Mercúrio, a Lua se aproxima do nosso cobiçado vizinho vermelho, Marte, chegando a passar a apenas 2º a norte do planeta, às 20h07.

Como o par vai permanecer no céu somente até 20 minutos antes disso, não será possível testemunhar o momento exato da conjunção (que é quando dois corpos compartilham a mesma ascensão reta – coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre). 

No entanto, o planeta, que estará em magnitude 1.8, na constelação de Virgem, já poderá ser visto já bem pertinho da Lua durante um tempo após o pôr do Sol, enquanto ela ainda estiver mais próxima de Mercúrio.

A última conjunção da Lua em agosto será com o primeiro planeta que ela visitou este mês, Saturno. Isso vai acontecer no dia 30, que também reserva outro belo espetáculo com a mesma protagonista: a Superlua Azul. 

Resumidamente, a Lua é considerada “Super” quando chega à fase cheia pouco tempo antes ou depois de atingir o perigeu, o ponto mais próximo da Terra. Por outro lado, o termo “Azul” é usado para designar a segunda lua cheia num mesmo mês – sendo ou não “super” (e não tem nada a ver com a cor do astro).