Seis meses após o lançamento, Bing Chat ainda não conquistou espaço do Google

Em fevereiro, a Microsoft adicionou um chatbot movido a inteligência artificial no buscador Bing. A ideia era simples: com o novo recurso, o motor de busca da empresa teria uma vantagem em relação ao concorrente Google. Meses após o lançamento, no entanto, o Bing Chat não foi capaz de alavancar a participação do Bing no mercado de buscadores, e ele segue bastante distante do Google.

É o que indicam análises publicadas pelo Wall Street Journal. Após seis meses no mercado, o Bing Chat não conseguiu aumentar em nada a fatia do Bing entre os buscadores disponíveis.

De janeiro para cá, o Bing não cresceu

Segundo a empresa de análise de dados StatCounter, em julho, o Bing era usado por 3% dos usuários ao redor do planeta. É exatamente a mesma participação que o buscador da Microsoft tinha em janeiro, quando ainda não era equipado com o chatbot de inteligência artificial.

Outra empresa do setor aponta resultados similares. A Similarweb também analisou a participação de buscadores no mercado. Em julho, o Bing tinha cerca de 1% das visitas mensais do Google — exatamente a mesma proporção de janeiro.

Um terceiro relatório, produzido pela empresa de análise de dados YipitData, indica que a base de usuários do Bing cresceu 10% nos meses seguintes ao lançamento do Bing Chat, e, em junho, eram 98 milhões de pessoas usando o serviço. O Google, por sua vez, é usado por 1,12 bilhão de usuários.

Microsoft contesta dados e comemora sucesso do Bing Chat

A Microsoft enxerga a situação de outra forma: para a empresa, o novo Bing é um sucesso, e os números analisados por empresas terceiras não consideram todos os usuários que entram diretamente na página do chatbot do Bing.

“Nós tivemos mais progresso nos últimos seis meses do que nos últimos dez anos,” disse Yusuf Mehdi, chefe de marketing para produtos da Microsoft, em uma entrevista. O executivo garante que números internos da empresa apontam para um crescimento da participação do Bing no mercado em comparação ao Google, e, além disso, o uso do navegador Edge (que também recebeu o chatbot) também conquistou usuários nos últimos meses.

A Microsoft não divulgou os números internos ao Wall Street Journal, mas contestou os dados de YipitData, Similarweb e StatCounter.