A sonda russa Luna-25 foi lançada de surpresa e cinco dias depois chegou à órbita lunar. Nesta quinta-feira (17), a Roscosmos revelou a primeira foto que o módulo tirou da superfície da Lua, indicando que o pouso está próximo.
“Na foto está a cratera do pólo sul Zeeman no outro lado da lua “, diz o texto que completa a imagem. “As coordenadas do centro da cratera correspondem a 75 graus de latitude sul e 135 graus de longitude oeste”, finaliza.
A Luna-25 foi lançada no dia 10 de agosto, sendo a primeira sonda lunar do país desde 1976, quando ainda era parte da União Soviética.
Luna-25 na lua
Esse será o primeiro pouso no polo sul da Lua, um local estratégico em que pesquisas indicam que possa haver água, algo importante para futuras missões. É para lá, por exemplo, que a Artemis 3 deve levar astronautas nos próximos anos.
O módulo vai testar tecnologias e estabelecer bases para futuras missões. Pousando com sucesso, ele vai operar por ao menos um ano, visando principalmente o norte da cratera Boguslawsky, em latitude de 70º ao sul.
Ela deve escavar o solo e analisar do que ele é feito, entre outras experiências. A sonda também vai remover gelo abaixo da superfície.
Missão espacial russa já viu dias melhores
Os dias de glória do programa espacial russo foram entre os anos 1950 e 1960, quando lançou seu primeiro satélite, o Sputnik, além de ter colocado o primeiro astronauta no Espaço, Yuri Gagarin, começando a disputar com a NASA quem alcançaria a Lua com seus homens.
A devoção à esses tempos é tão grande que o nome da nova missão lunar também se refere ao passado, pois a última missão lunar, de 1976, se chamava Luna-24.
“A arquitetura do módulo de pouso é muito semelhante ao que a União Soviética costumava construir para pousar na Lua nos anos 1970”, disse Anatoly Zak, dono do site Russian Space Web, que fica próximo das atividades espaciais da Rússia.
“No entanto, é uma versão reduzida” que aproveita os avanços tecnológicos modernos, disse Zak. “Quando eles decidiram chamá-lo de Luna-25, é justo, porque, na verdade, é uma continuação do legado soviético.”
Fonte: Olhar Digital
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