Defesa de Bolsonaro vai apresentar queixa-crime contra hacker por calúnia e difamação
Os advogados da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) planejam entrar com uma queixa-crime contra o hacker Walter Delgatti Neto, acusando-o de crimes contra a honra. De acordo com a equipe jurídica do ex-mandatário, ele foi alvo de acusações caluniosas e difamatórias durante o depoimento prestado pelo hacker à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. Durante a sessão do colegiado, Delgatti afirmou que Bolsonaro lhe solicitou que assumisse a responsabilidade por um suposto grampo, alegadamente colocado pelo próprio governo, contra o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em resposta a questionamentos da relatora Eliziane Gama (PSD-MA), o hacker relatou que após um encontro com a deputada Carla Zambelli (PL-SP), teve uma conversa telefônica com Bolsonaro. Durante essa conversa, Delgatti alega que Bolsonaro afirmou que “agentes de fora do país” haviam instalado escutas ilegais contra Moraes.
O hacker declarou que embora não tenha tido acesso ao suposto grampo, ele concordou com o pedido de Bolsonaro para assumir a responsabilidade pelo equipamento usado para suposto monitoramento de Moraes. Delgatti relatou: “Ele [Bolsonaro] disse que, em troca, eu teria o prometido indulto e ainda disse assim: ‘caso alguém te prender, eu [Bolsonaro] mando prender o juiz’ e deu risada”, disse o hacker. Delgatti encontra-se detido por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e outros tribunais. Segundo Delgatti, seu objetivo era incitar ações contra o ministro Alexandre de Moraes e pressionar por uma nova eleição, dessa vez com o uso do voto impresso – proposta que foi rejeitada pelo Congresso Nacional em 2021.
*Com informações do repórter Bruno Pinheiro.
Fonte: Jovem Pan News
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