Uma imagem capturada pelo satélite Landsat 8, copropriedade da NASA e do Serviço Geológico dos EUA (USGS), revelou a extensão do incêndio florestal que arrasou a cidade de Lahaina, localizada na ilha de Maui, no Havaí, na última semana.
As chamas surgiram de forma abrupta na fronteira de Lahaina em 8 de agosto, ganhando velocidade e consumindo edifícios e veículos, conforme lançava cinzas e fumaça no ar. Sobreviventes relataram à CNN que foram pegos quase de surpresa, tendo pouco conhecimento sobre o incêndio até serem atingidos.
O saldo trágico do fogo em Maui atingiu a marca de pelo menos 99 vítimas fatais, o que o coloca na posição de incêndio mais letal nos EUA em mais de 100 anos. Autoridades preveem que esse número possa aumentar significativamente, pois equipes de busca e resgate continuam explorando os escombros em busca de pessoas desaparecidas.
A foto do satélite foi capturada por volta das 10h25 locais do dia em que tudo começou. Na imagem, vê-se a cidade de Lahaina quase totalmente engolida pelas chamas, além de outro incêndio florestal, de menor proporção, a nordeste de Kihei. A representação combina as radiações infravermelhas emitidas pelo fogo com a imagem natural da ilha.
Incêndio no Havaí se alastrou com os ventos fortes
De acordo com o Observatório da Terra, da NASA, o incêndio de Lahaina se moveu rapidamente porque foi impulsionado por ventos excepcionalmente fortes, que foram alimentados por uma área de alta pressão ao norte da ilha e pelos restos do furacão Dora ao sul. As rajadas variaram de 72 a 107 km/h. No pico do incêndio, o fogo se alastrou a cerca de 1,1 km por minuto.
A Agência Federal de Gestão de Emergências dos EUA ainda não pode estimar o custo total dos danos causados pelos incêndios, no entanto, o governador do Havaí, Josh Green, estimou à CNN que as perdas poderiam ser de até U$6 bilhões (algo em torno de R$30 bilhões).
Green disse que esse é o maior desastre natural já enfrentado pelo Havaí e destacou a demorada jornada de recuperação que se vislumbra pela frente. “Será um processo incrivelmente longo para nos reerguermos após esse desastre”.
Fonte: Olhar Digital
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