A taxa de expansão do Universo é uma grande dúvida devido à discrepância existente nos resultados dos dois métodos atualmente utilizados. Para solucionar isso, um grupo de pesquisadores empregou os dados coletados pelo Telescópio Espacial James Webb a fim de descobrir se uma das contas estava errada, mas o resultado piorou tudo ainda mais.
A taxa de expansão do universo também é conhecida como Constante de Hubble, e ela é medida a partir da velocidade com que as galáxias se afastam uma das outras em quilômetros por segundo (km/s), enquanto as distâncias que elas se encontram é medida em megaparsecs (Mpc).
Diferentes taxas de expansão do universo
Para determinar essa constante são utilizadas as estrelas cefeidas ou a radiação cósmica de fundo. As cefeidas são estrelas que possuem variação de brilho ao longo do tempo, quando esse período é conhecido é possível determinar facilmente a distância com que ela está localizada. Análises contínuas indicam se elas continuam no mesmo lugar ou se afastaram, podendo ser utilizadas para definir a taxa de expansão do universo, que de acordo com esse método é de 73 km/s/Mpc.
Já a radiação cósmica de fundo, é um resquício que data de 370 mil anos após o Big Bang. A partir de sua análise é possível definir algumas das características do universo primordial e como ele se expandiu, resultando em uma constante de 67,4 km/s/Mpc.
Os dois métodos de medir a expansão do universo estão corretos na teoria, e o resultado deles deveria ser igual. No entanto, na prática, não é isso que acontece. Um grupo de pesquisadores em artigo disponível para pré-impressão no arXiv tentou desvendar essa discrepância utilizando o James Webb para ver se existia algum erro na medida das cefeidas.
O telescópio corrigiu alguns dos erros que existiam nas medidas dessas estrelas com uma precisão inédita, mas as discrepâncias não sumiram. Isso fez com que alguns pesquisadores duvidassem não mais das medições, mas sim da compreensão do Universo. Caso isso se confirme será necessário repensar todo modelo cosmológico atual.
Fonte: Olhar Digital
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