Na próxima quinta-feira (24), o Japão começará a liberar a água radioativa da usina de Fukushima, anunciaram as autoridades do país.

Conforme noticiou a CNN, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, informou que a liberação seria realizada caso “não encontrassem obstáculos”. De acordo com o ministro, o descarte depende das condições adequadas do tempo e do mar.

A decisão acontece após a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) das Nações Unidas definir que o plano de liberação das águas não compromete os padrões internacionais de segurança.

Na época, Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), entregou o relatório final favorável à liberação da água ao primeiro-ministro do Japão e disse que as descargas “teriam um impacto insignificante no meio ambiente”.

O diretor também afirmou que os representantes da AIEA estarão presentes em Fukushima para monitorar as descargas nas próximas décadas.

Usina nuclear de Fukushima
Imagem: Santiherllor/Shutterstock

De acordo com a TEPCO, operadora da usina de Fukushima, a água contaminada está sendo diluída e filtrada antes da liberação no oceano, removendo todas as substâncias radioativas, exceto o trítio.

Conforme relatou a BBC, especialistas consideram que a medida não representará perigo:

Desde que a descarga seja realizada conforme o planejado, as doses de radiação para as pessoas serão muito pequenas – mais de mil vezes menos do que as doses que todos recebemos da radiação natural todos os anos.

Jim Smith, professor de ciência ambiental no Universidade de Portsmouth, na Inglaterra.

Como explicou Tony Hooker, especialista nuclear da Universidade de Adelaide, à AFP, o “o trítio foi liberado [por usinas nucleares] por décadas sem evidências de efeitos nocivos ao meio ambiente ou à saúde”.

Países vizinhos preocupados

Mesmo com a aprovação das Nações Unidas e declarações de especialistas, a liberação da água preocupa países vizinhos e pescadores japoneses:

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