Vamos combinar que por muito tempo, a maioria dos pais lutou para administrar as horas de jogo e a rotina de seus filhos. Imagine ter de disciplinar um adolescente que corria da mesa dos estudos para o controle do Playstation, uma tarefa nada fácil, não é mesmo? Mas acredite se quiser, um estudo acaba de provar que sim, os games podem contribuir para a saúde mental.

Afinal, o perfil desse jovem que mergulhava horas na frente da TV vivendo as aventuras de seus jogos sozinho no sofá mudou e muito. Hoje há no Brasil, uma verdadeira comunidade dos gamers, que interagem entre si, trocando experiência, conhecimento e criando conexões.

Pesquisa revela que games fazem bem para a saúde mental

Na pesquisa “Mundo Infinito dos Games”, cerca de 1/3 dos jogadores admitem que jogam para manter o cérebro ativo. Além disso, uma boa parte dos entrevistados na pesquisa acredita que o efeito positivo que os jogos trazem para a mente está, principalmente, ligado ao convívio de amizades nos jogos.

Este levantamento foi realizado pela agência Live, juntamente com a empresa de pesquisa Talk Inc e pelo hub B1ld divulgado em um evento no Learning Village. A pesquisa contou com a participação de 1.597 pessoas no Brasil. É importante que a análise foi feita com 64% de indivíduos que jogam, 28% que já jogaram, mas não jogam mais e 8% que nunca jogaram. Confira a seguir alguns pontos importantes descobertos na pesquisa.

Conhecimento e troca de experiência

Sérgio Percope, Head do hub de Games do Learning Village, empresa que apresentou o estudo, abordou alguns pontos importantes que podem ter ajudado a chegar na conclusão dos benefícios dos games para a mente:

“O lado positivo é que as pessoas passam algumas horas conhecendo novos usuários, aprendendo sobre lugares, uso e aplicações de novas tecnologias, conhecem diversas habilidades, línguas e interesses diversos… com isso passam a ter um ganho emocional e, dependendo do jogo, até habilidades super específicas. O lado negativo é basicamente o vício de entender que boa parte do seu dia está de certa forma parado, dependente, on-line e em um mundo fantasioso, ao invés de criar laços e relações interpessoais, aflorando os nossos sentidos vitais”.

Antiestresse

Carla Mayumi, Strategy Lead Da Talk Inc, empresa que elaborou a pesquisa, revelou que os benefícios que ligam à saúde mental a atividade de jogar está na finalidade que esse momento proporciona as pessoas, como se fosse mais uma válvula de escape para eliminar o estresse da rotina.

 “No estudo, percebemos a importância e o papel do jogar em vários aspectos ligados à saúde mental. Diferentes pessoas usam o momento de jogar como uma ferramenta que ajuda a lidar com questões e problemas do cotidiano e da vida. Isso não difere de outras atividades que lidam com o stress e ajudam a desligar, como praticar um esporte ou assistir a um filme. Mas a característica que é muito única dos games é seu caráter imersivo e fantasioso, uma combinação que potencialmente tira as pessoas do lugar onde elas estão e as leva para outra realidade”, explica Carla.

Entre outras coisas, os games admitiram na pesquisa que jogam por vários motivos positivos como: diversão, imersão na fantasia para fugir da realidade, aprender a desenvolver estratégias, adquirir conhecimento (como aprender idiomas novos) e para socializar.

Portanto, longe de ser aquele vilão que os pais batem de frente, os games podem ser ótimos para a saúde da mente, desde que o equilíbrio entre as atividades e os horários seja uma realidade na vida do jogador, é claro!

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