A tecnologia agregada aos veículos autônomos apresenta visão de futuro, mas ainda não dispensa a supervisão humana para possíveis interferências. Uma pesquisa da RMIT University analisou as principais consequências de quando, em emergências, uma pessoa assume o controle de um carro sem condutor.
O dr. Neng Zhang, principal autor do estudo, destaca a importância de elaborar políticas de uso responsável direcionada aos veículos autônomos antes da circulação dos níveis três e quatro. Esse é um estudo de caso da Austrália e as informações foram publicadas pelo Tech Xplore.
Por mais que a Comissão Nacional de Transportes australiana tenha proposto estrutura regulatória para veículos automatizados, as vertentes fundamentais, como o treinamento de motoristas, licenciamento e as obrigações, ainda estão sendo analisadas.
Conheça os níveis
Existem cinco níveis de automação de veículos. Os níveis um e dois já são comuns por meio de recursos, como manutenção de faixa, estacionamento automatizado e controle de cruzeiro. Veículos automatizados mais avançados – os “carros sem motorista” – estão sendo testados, mas ainda não estão disponíveis comercialmente na Austrália.
Na condução automatizada de níveis três e quatro, o motorista humano ainda precisará responder em caso de emergência, assumindo o controle do veículo.
Além disso, “esses dados são ponto de partida para a regulamentação e podem levar a legislação baseada em dados que garantam que os motoristas tenham tempo suficiente para responder rapidamente e sem falhas a eventos de emergência”, afirma Zhang.
Testes de distração
Durante simulação de nível três, os pesquisadores testaram a velocidade e a eficácia dos participantes em assumir o controle do veículo em caso de emergência. “Nós os fizemos escrever e-mails de negócios (condição de trabalho), assistir a vídeos (condição de entretenimento) e fazer pausa com os olhos fechados (condição de descanso)”.
Essas tarefas exigiam que os motoristas investissem níveis altos, moderados e baixos de carga de trabalho mental. Testamos suas respostas após intervalo curto (cinco minutos) ou intervalo longo (30 minutos) de participação em uma dessas tarefas. Todas essas tarefas pioraram a aquisição e levou a período de pior condução.
Dr. Neng Zhang, principal autor do estudo
“Descobrimos que o descanso resultou na pior resposta de aquisição, seguido pelo trabalho. A mídia social foi menos perturbadora”, complementou o pesquisador. “No entanto, quanto mais tempo o participante se envolveu em uma atividade, pior foi sua resposta a uma emergência”.
Fonte: Olhar Digital
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