Pesquisadores da Universidade Griffith, na Austrália, criaram um novo tipo de vacina bacteriana. Embora ainda esteja em seus estágios iniciais, a abordagem proposta pelo estudo parece promissora na indução de fortes respostas imunológicas contra infecções por bactérias Streptococcus do grupo A (Strep A).
Para quem tem pressa:
Os cientistas do Instituto Griffith para Descoberta de Medicamentos (GRIDD) e do Centro Griffith para Fábricas de Células e Biopolímeros descreveram o conceito desse novo tipo de imunizante num artigo publicado na NPJ Vaccines. O trabalho dos pesquisadores também foi divulgado pela Universidade Griffith.
O novo tipo de vacina
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Os pesquisadores utilizaram tecnologia inovadora que envolve células reprogramadas de Escherichia coli para montar partículas de vacina revestidas com antígenos específicos do Strep A. As partículas resultantes demonstraram segurança e eficácia contra infecções causadas pelo Strep A.
Uma vantagem significativa desta abordagem de vacina é a sua estabilidade à temperatura ambiente, tornando-a adequada para armazenamento e distribuição em regiões onde a infraestrutura de refrigeração é limitada.
Shuxiong Chen, um dos cientistas envolvidos na pesquisa, enfatizou o impacto deste avanço no desenvolvimento de vacinas. Ele também destacou a necessidade de produzir vacinas de alta qualidade e avaliar o seu desempenho por meio de ensaios clínicos.
A equipe do professor Michael Good, do Instituto de Glicômica da universidade australiana, contribuiu com conhecimentos para testar a tecnologia num modelo de infecção por Strep A.
Além disso, o time do professor já havia desenvolvido uma vacina contra a bactéria, que está atualmente passa por testes clínicos em humanos no Canadá.
O sucesso desta nova modalidade de vacina abre portas para potenciais avanços no desenvolvimento de vacinas contra diversas doenças infecciosas.
O patógeno
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O estreptococo do grupo A é um patógeno humano amplamente difundido, responsável por uma série de infecções, desde doenças leves até doenças graves e invasivas – por exemplo: síndrome do choque tóxico e fasceíte necrosante.
As infecções por Strep A são um grande problema de saúde global, causando mais de 700 milhões de infecções anualmente e resultando em mais de 500 mil mortes.
O desenvolvimento de resistência antimicrobiana devido ao uso excessivo de antibióticos contribuiu para a mortalidade indireta causada por infecções por Strep A.
Fonte: Olhar Digital
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