3,3 bilhões. Esse foi o total de produtos com valor de até US$ 50 (aproximadamente R$ 240) importados para o Brasil entre janeiro e julho de 2023 – um aumento de 11,4% em comparação ao mesmo período em 2022. Os dados são de um estudo divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta sexta-feira (25).
Para quem tem pressa:
Desse total de itens importados, grande parte – quase 40%, que representa 1,3 bilhão de unidades – veio da China. Inclusive, considerando apenas produtos chineses, a importação cresceu 38% no período, de acordo com o estudo.
Já o Paraguai apareceu em segundo lugar na lista de países de origem na pesquisa, com 296 milhões de unidades (8,9%). Ou seja, quando o assunto é comprar produtos baratos importados, os de procedência chinesa e paraguaia são os favoritos dos brasileiros.
A pesquisa, divulgada pela Agência Brasil, analisou a importação de mais de dez mil tipos de bens de consumo com valor individual de até US$ 50.
Análise da pesquisa sobre importados baratos
Essa alta foi estimulada pela valorização do real ante o dólar e a alta carga tributária doméstica, segundo a CNC.
“A diferença na carga de impostos sobre o consumo no Brasil e no exterior foi um fator crucial para o aumento das importações de bens de consumo”, Fabio Bentes, economista responsável pelo estudo.
Ainda de acordo com a CNC, esse tipo de comércio reduz a competitividade do produto nacional. Por isso, a confederação pede que haja uma isonomia tributária para as importações de bens de consumo de baixo valor.
Em 1º de agosto, entrou em vigor a isenção federal para compras online de até US$ 50.
‘Comprinhas online’
A compra por meio de e-commerce do tipo “cross border” – isto é, com produtos de outros países – cresceu 150% nos últimos cinco anos. É o que revelou um levantamento feito pela Receita Federal, revelado nesta semana. Isso significa que o brasileiro nunca fez tantas ‘comprinhas online’ quanto agora.
Neste comércio eletrônico de produtos vindos do exterior entram plataformas como Shein, AliExpress, Wish, Shopee e Amazon.
Em 2022, por exemplo, mais de 176 milhões de coisas foram importadas – considerando tanto tributáveis quanto isentos (por exemplo: cartas e documentos) – segundo os dados levantados pela Receita.
Desse total, foram emitidas 3,4 milhões de declarações de importação de remessa (DIR), que totalizaram mais de US$ 245 milhões (aproximadamente R$ 1,2 bilhão) – um crescimento de 32% em comparação a 2021.
Fonte: Olhar Digital
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