O Republicanos enxerga no Ministério de Portos e Aeroportos a pasta com maior potencial para o partido entre os cargos possíveis na cada vez mais próxima reforma ministerial. Como já foi anunciado por integrantes da cúpula do governo, o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) é nome certo para entrar ‘no time titular’ (como diz o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A preferência do partido presidido pelo deputado Marcos Pereira (SP) pela pasta de Portos e Aeroportos – hoje com Márcio França (PSB) – mira uma dobradinha entre Costa Filho e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, outro quadro da legenda. Como o nome indica, Silvinho é filho de Silvio Costa, ex-deputado federal e tradicional político pernambucano. Como o Porto de Santos (SP) é o maior do Brasil, o Republicanos pretende aproveitar a pasta com o futuro ministro para aproximar Tarcísio das ações do governo.
O governador de São Paulo é um dos favoritos da direita para a disputa presidencial em 2026 e um maior aporte de verbas federais pode contribuir para o aumento de sua popularidade. Sob reserva, um integrante do partido disse que Silvio “está pronto para assumir ministério no governo”, mas disse que o Republicanos “não abre mão” de seus valores, como o conservadorismo político “fundamentado nos valores cirstãos tendo a família como alicerce da sociedade”, como diz no site da legenda. Tarcísio, no entanto, vem sendo crítico à aproximação da sigla com o governo e até indicou que poderia mudar de partido.
Reforma Ministerial
Além do Republicanos, o governo articula espaço para colocar o Progressistas (PP) dentro de sua estrutura ministerial. O líder do partido na Câmara, o deputado André Fufuca (MA), já está definido. No entanto, a previsão sobre qual pasta ele irá assumir ainda não tem um direcionamento, como no caso de Costa Filho. Nas últimas semanas, o deputado maranhense passou a ser cotado no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), hoje com Wellington Dias, pasta que comanda o Bolsa Família. No entanto, como foi publicado pela Jovem Pan, caso Fufuca assuma o MDS, o programa social que é considerado pelos petistas como a marca do PT deve ir para outra pasta. Com essa configuração, existe a possibilidade de Alckmin ficar apenas na vice-presidência e Dias assumir o Ministério do Comércio, Indústria e Serviços (MDIC) levando o Bolsa Família para a pasta.
Fonte: Jovem Pan News
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