Por pouco mais de 115 milhões de euros, o West Ham perdeu sua principal referência nos últimos anos, Declan Rice, vendido ao Arsenal. O clube soube bem reinvestir o valor, reconstruiu o time em torno da venda e inicia a temporada em alta, com bom desempenho e resultados animadores.
A venda de Rice foi, de longe, a mais cara da história do clube. Antes dela, para se ter uma ideia, os Hammers não conseguiram lucrar 30 milhões de euros na venda de um atleta. Oriundo das categorias de base dos londrinos, Rice deu uma grande plataforma para o time se reconstruir visando a temporada.
Com as também transferências de Vlasic, Scamacca e Masuaku, o West Ham faturou nesta janela 156 milhões de euros em venda de jogadores. 139 milhões foram reinvestidos no time, que ganhou uma cara nova. Por enquanto, uma cara positiva, que vem iniciando a temporada com resultados interessantes.
A grande contratação do West Ham na janela foi justamente para o meio-campo. Mohammed Kudus, ex-Ajax, custou 46 milhões de euros. O ganês foi protagonista de sua seleção na última Copa e, no Ajax, somou 27 gols em 86 jogos. Dinâmico, com clara evolução na última temporada na chegada ao último terço, e com uma intensidade que encaixa perfeitamente na Premier League, Kudus promete ser uma das principais peças dos Hammes na temporada, embora ainda não tenha estreado.
A reconstrução no meio foi grande, e quem já vem jogando, e bem, é Ward-Prowse. O meia fez carreira no Southampton e, por 35 milhões de euros, se mudou para a capital. Nas duas primeiras partidas pelo novo time, marcou um gol e deu duas assistências, ambas na vitória sobre o Chelsea.
Edson Álvarez foi outro reforço para o meio que custou caro: 38 milhões de euros. O mexicano, de 25 anos, foi companheiro de Kudus no Ajax. Tem características mais defensivas, e já mostrou muito valor na vitória sobre o Brighton, na última rodada da Premier League.
Além dos reforços para o meio, o West Ham também pagou 20 milhões de euros ao Stuttgart, da Alemanha, pelo zagueiro da seleção grega Konstantinos Mavropanos. O defensor retorna para a Liga Inglesa, onde defendeu, sem protagonismo, o Arsenal entre 2017 e 2019.
O West Ham iniciou a Premier League com um empate pouco promissor diante do Bournemouth, em 1 a 1. Depois, porém, conseguiu grandes resultados, vencendo, em ambos os jogos por 3 a 1, Chelsea e Brighton, que deverão ser adversários na parte de cima da tabela.
Mais uma vez no comando do time, David Moyes não esconde que sua estratégia nada tem a ver com a posse de bola: contra o Brighton, os Hammers tiveram 19% de posse. Ainda assim, foram letais nos contra-ataques e venceram por 3 a 1, fora de casa, contra uma equipe que também se reconstrói a partir da saída de um jogador importante (Caicedo).
A rápida transição ofensiva do time faz a bola chegar ao ataque em poucos toques. A visão de jogo de Ward-Prowse, a presença física de Álvarez e a criatividade de Lucas Paquetá ditam a evolução do time no corredor central. O dinamismo, a velocidade e a potência física de Michail Antonio, na frente, dão um complemento interessante e facilitam a chegada com eficiência no último terço.
A bola parada, com atenção especial para Ward-Prowse, também é uma arma que já vem sendo usada por Moyes. Já era nas últimas temporadas, mas agora se intensifica pelo protagonismo do meia em cobranças de falta e escanteio. De um escanteio, surgiu uma das assistências de Prowse contra o Chelsea. Em ataque rápido, outra, que terminou com finalização rápida e precisa de Antonio.
Na vice-liderança da Premier League, dois pontos atrás do Manchester City, o West Ham começa a mostrar que o time soube se reconstruir bem em torno da venda de Rice. O dinheiro foi investido em jogadores que trazem ao elenco características que potencializam o coletivo, e que prometem manter o time de Moyes na parte de cima da tabela.
Fonte: Ogol
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