A relação entre lesões cerebrais traumáticas e o desenvolvimento de Alzheimer posteriormente na vida já foi comprovado. No entanto, cientistas ainda não conseguiram entender exatamente qual tipo de impacto e a força que causa isso, e muito menos como prevenir essa relação de efeito e causa a longo prazo. Cientistas da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, podem ter achado uma forma de estudar isso anos antes de a doença neurodegenerativa sequer começar a aparecer.

Testes: concussão vs. Alzheimer

Relação entre doença e concussões poderão ser estudados com mais facilidade com os minicérebros (Crédito: Atthapon Raksthaput – Shutterstock)

Descobertas

Os pesquisadores também reproduziram os golpes em um formato de pêndulo, para aplicá-los sucessivamente.

Assim, eles descobriram que, nas primeiras 24 horas depois do impacto, a aglomeração de acroleína aumenta e a produção de AB42 sobe em 350%. Vale lembrar que essas características estão presentes em pessoas que sofrem com a doença de Alzheimer.

Importância no tratamento do Alzheimer

Com a técnica desenvolvida pelos pesquisadores da Universidade Purdue, será possível entender qual tipo de impacto e com qual força poderá desencadear elementos que favorecem o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas no futuro. Assim, será possível preveni-las.

Graças a este dispositivo, as pessoas devem saber que, quando você sofre uma concussão, não tem 10 anos para ver os danos. O tempo começa a contar imediatamente e, se quisermos fazer algo a respeito, precisamos agir rapidamente.

Riyi Shi, pesquisador principal e professor de Neurociência Aplicada na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Purdue