O Corinthians levou à risca a máxima de que carrega o sofrimento no DNA. Na noite desta terça-feira, o Timão visitou o Estudiantes e precisou superar um verdadeiro massacre para seguir vivo na Copa Sul-Americana. Com a bola rolando, a equipe alvinegra foi completamente envolvida e só não teve o placar agregado superado por conta de uma atuação inspirada do goleiro Cássio e…da trave, que se vestiu de preto e branco e apareceu quatro vezes no tempo normal para levar a eliminatória para os pênaltis: 1 a 0.
Na disputa por pênaltis, os heróis corintianos foram os mesmos. Cássio defendeu a cobrança de Rollheiser, o travessão freou as batidas de Lollo e Ascacíbar e o Timão venceu por 3 a 2, se garantindo nas semifinais da Copa Sul-Americana.
O time comandado por Vanderlei Luxemburgo agora aguarda o vencedor do duelo brasileiro entre Fortaleza e América Mineiro para conhecer seu próximo adversário na competição.
Só um time jogou em La Plata nos primeiros 45 minutos. E foi o time da casa. Com muita intensidade, o Estudiantes não tomou conhecimento do Corinthians e só não remontou a vantagem brasileira pois a “sorte se vestiu de alvinegro”.
Com menos de um minuto de partida, a equipe argentina igualou o placar agregado. Após cruzamento na área, Bruno Méndez afastou mal e a bola se ofereceu para Mauro Méndez, que finalizou, a bola desviou em Lucas Veríssimo e morreu no fundo das redes.
Empurrado por seu torcedor, o Estudiantes deu início a um verdadeiro bombardeio na área do Cássio, que acabou por ser um dos grandes personagens do primeiro tempo. Ele e a trave. Cássio foi gigante e acumulou (no mínimo) três grandes defesas, as melhores delas num duelo individual com o meia-atacante Benjamín Rollheiser.
Já o poste, foi figura ainda mais importante na vida do Timão. Aos 37, após boa jogada pelo lado direito, Gastón Benedetti apareceu livre nas costas da marcação, bateu bonito de primeira e a bola beijou o pé da trave.
Pouco depois, Rolheiser, enfim, venceu o duelo com Cássio, após linda jogada individual na entrada da área, mas seu chute foi caprichosamente na trave e não entrou. Incrível. No fim, o Corinthians foi para o intervalo aliviado por estar perdendo por apenas um gol de diferença.
Buscando diminuir o insano volume adversário, o Corinthians voltou para o segundo tempo com duas alterações. Yuri Alberto e o menino Wesley entraram nos lugares de Ruan e Romero. As mudanças, de fato, fizeram o Timão reter um pouco mais a bola no ataque, mas as principais chances continuaram sendo do Estudiantes.
Logo aos nove, após indefinição entre Lucas Veríssimo e Cássio, Rollheiser ficou com a sobra e (adivinhem?) acertou a trave… de novo! Insistente, o camisa 10 teve mais uma grande chance no minuto seguinte e o arqueiro alvinegro se esticou todo para salvar. Linda defesa!
Ainda em busca de alternativas para frear a pressão argentina, Luxemburgo colocou Giuliano no lugar da joia Moscardo e passou a cadenciar o jogo sempre que possível. Do outro lado, os pinchas seguiram pressionando em cima. Tanto que aos 28, Santiago Ascacíbar apareceu com espaço no meio, arriscou de longe e, de forma inacreditável, a bola explodiu no poste pela quarta vez na partida.
A panela de pressão argentina perdeu força na partida e o Corinthians conseguiu respirar por alguns preciosos minutos. Até que na reta final, começou tudo de novo… Na base do abafa, o Estudiantes foi para o tudo ou nada, acumulou bolas cruzadas na área, mas foi neutralizado pela dupla Lucas Veríssimo e Gil, que foi soberana nos últimos instantes e segurou a igualdade no agregado, forçando a disputa por pênaltis.
O roteiro de sofrimento ainda aguardava pelo seu capítulo final. Na primeira série, Sosa converteu para o Estudiantes; e Fábio Santos deixou tudo igual para o Corinthians.
Logo em seguida, Rollheiser, um dos grandes destaques do confronto, foi para a bola e parou em Cássio, que foi gigante e salvou com os pés. Foi a chance para Giuliano colocar o Timão na frente na disputa, mas o meia bateu mal e foi neutralizado pelo goleiro Andújar.
O que se viu na sequência, foi o protagonismo de uma (improvável) peça-chave do Corinthians na noite. A trave. Na cobrança de Lollo, o travessão apareceu imponente e manteve a sorte do lado brasileiro.
Rojas e Fausto Vera fizeram sua parte e o poste apareceu pela sexta vez para neutralizar a batida de Santiago Ascacíbar e garantir o Corinthians nas semifinais da Copa Sul-Americana.
Fonte: Ogol
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