Atraso no tempo de resposta de um equipamento numa usina de energia. Esse foi o começo de uma série de eventos que levaram a aquele apagão em escala nacional, em 15 de agosto. A explicação veio de Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), durante uma audiência na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (29).

Para quem tem pressa:

A grande pista que foi discutida com técnicos, engenheiros e professores do setor é que aí está a causa de uma série de outros pequenos eventos que levaram à desconexão

Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), durante uma audiência na Câmara dos Deputados

O apagão

O ONS informou, no dia do apagão, que as regiões Sudeste e Sul tinham sido afetadas numa “ação controlada” (leia-se: proposital) por conta de uma falha identificada na região Nordeste.

Esse tipo de situação chama-se “separação elétrica” – neste caso, foi como se o ONS tivesse separado as regiões Norte e Nordeste do Sul e Sudeste no Sistema Interligado Nacional.

Foi nesse sistema que os equipamentos não tiveram o desempenho exigido quando começaram a funcionar numa usina.

O “evento zero” rolou numa abertura de linha no Ceará que ligava Quixadá a Fortaleza, segundo o diretor-geral. “Esse desligamento não foi a causa do fenômeno, pois o sistema brasileiro tem a capacidade de resistir a uma perda simples dessa natureza”, acrescentou Ciocchi.

Além disso, o diretor-geral do ONS disse que não houve “falha de informações” prestadas por agentes sobre o desempenho técnico dos equipamentos que teriam contribuído para o apagão.

De qualquer forma, foi esse atraso no tempo de resposta de um equipamento e a “série de outros pequenos eventos” subsequentes que afetaram as 26 unidades da Federação que fazem parte do Sistema Interligado Nacional. O único estado que escapou do apagão foi Roraima, justamente por não fazer parte dessa rede.

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