Enner Valencia derrubou o Bolívar. Depois de já ter marcado em La Paz, o equatoriano brilhou nesta terça-feira no Beira-Rio e, com dois gols, garantiu nova vitória do Internacional, dessa vez por 2 a 0, garantindo, assim, passagem para as semifinais da Libertadores.
Depois de deixar pelo caminho os bolivianos, o Colorado, agora, aguarda rival nas semifinais. E pode ser brasileiro: O Fluminense venceu o Olímpia, na ida das quartas, por 2 a 0, e joga pelo empate, ou até por uma derrota por 1 a 0 no Paraguai, para duelar contra os gaúchos.
O Bolívar entrou disposto a correr atrás do resultado. Mas a tentativa de superioridade numérica no último terço deixou um espaço decisivo para o Internacional chegar com perigo na frente. O desespero acabou pesando contra os bolivianos, que não demoraram a se enrolar.
Logo aos dez minutos, Bentaberry errou feio na saída de bola e entregou nos pés de Wanderson. O ponta teve muito espaço para avançar, com todo tempo do mundo. Wanderson avançou pela canhota e cruzou para Enner Valencia, que se antecipou a dois marcadores e bateu de canhota para estufar a rede: 1 a 0, e eram dois de vantagem no agregado.
Atrapalhado, o time boliviano sofria sempre que os colorados chegavam ao ataque. Alan Patrick conseguiu devolver boa bola para Maurício na área. O meia girou e, apesar de ter opção de passe, buscou o chute, no canto. A bola passou muito perto da meta de Lampe.
Aos 25, Maurício descolou um grande passe para Enner Valencia nas costas da defesa. Com muita velocidade no arranque, o equatoriano avançou até perto da área e bateu no alto, sem chance de resposta para Lampe. Para frustração dos gaúchos, porém, o bandeira marcou impedimento, confirmado pelo VAR depois de alguma demora.
O gol anulado não esfriou o Beira-Rio. O Colorado seguiu aproveitando bem a descompactação do rival, que atuava com linhas bem altas. Aos 35, Aránguiz enfiou ótima bola para Maurício, mais uma vez nas costas da defesa. O meia tirou do goleiro, mas a zaga conseguiu fazer o corte na sequência. Aos 36, foi Wanderson que atacou o espaço, Maurício ajeitou e Valencia teve chute bloqueado. Aos 39, Maurício conseguiu finalização na área, e Lampe fez a defesa. 1 a 0 ao intervalo ficou barato.
O Bolívar abaixou um pouco as linhas no segundo tempo, mas o Inter continuou com facilidade em levar perigo. Após jogada que saiu e depois voltou para a área, Aránguiz abriu bola para Maurício, que bateu, meio desequilibrado, de perna direita. A bola passou perto da trave.
O segundo gol, merecido já fazia tempo, enfim saiu quando o artilheiro teve nova chance, aos 15 minutos. Alan Patrick achou Valencia em velocidade pela canhota. O atacante avançou, cortou para a perna direita, já na área, e bateu forte, sem chance de reação para Lampe. Os bolivianos viviam um pesadelo com Valencia.
A verdade é que o Bolívar nunca ameaçou, de fato, a vaga gaúcha. Antes e depois dos gols de Valencia. Na ida e na volta. Depois do segundo golpe no Beira-Rio, abaixou a guarda de vez. A vaga era utópica. O time seguia desorganizado. Os comandados de Coudet mandavam no jogo.
Aos 38, um fio de esperança, por pênalti marcado com a ajuda do VAR por mão de Nico na área. Rochet, porém, é uma muralha. Fernández bateu mal, e o uruguaio foi no canto para fazer a defesa. Sem dar rebote. Sem dar qualquer chance ao Bolívar, que abaixou de vez a guarda. O Inter está na semifinal. Só falta saber o adversário.
Fonte: Ogol
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