O acidente na central nuclear de Chernobyl em 1986 ainda espalha resquícios pelos ecossistemas através de outras fontes de contaminação. Como resultado, diversos javalis que vivem livremente em regiões da Áustria e da Alemanha se tornaram radioativos o suficiente para se tornar impróprios para o consumo humano.

O impacto de Chernobyl 

Por mais que a vida selvagem na zona de exclusão humana — em um raio de 4.200 quilômetros quadrados — tenha se recuperado, a contaminação radioativa contínua de animais com césio ainda resiste em diversos grupos.

“Paradoxo do javali”

Esse comportamento não foi o mesmo em todas as espécies, e resultaram no fenômeno conhecido como o “paradoxo do javali”. Os porcos selvagens sustentaram seus níveis de radioatividade em níveis suficientes para exceder os limites regulamentares para consumo humano.

Buscando respostas para esse fenômeno, pesquisadores da Universidade Leibniz, na Alemanha, e da Universidade de Tecnologia de Viena, na Áustria, trabalharam em parceria com caçadores para coletar carne de javali.

Durante os exames, a equipe utilizou um detector de raios gama e espectrometria de massa, e foi possível determinar proporções específicas das duas formas de césio. Essas substâncias revelaram que, além de Chernobyl, a radiação também era advinda de outra fonte, afirma o New Atlas.

Ao que tudo indica, o outro ambiente de contaminação foi a região onde foram realizados os testes globais de armas nucleares — que ocorreram na década de 1960. O césio liberado por esses testes entrou em contato com fontes de alimento para os javalis, justificando o alto índice de radioatividade.