Os Estados Unidos querem impedir expedições aos destroços do Titanic e, para isso, estão tomando medidas legais no Congresso. A medida vem após o caso da implosão do submarino Titan, da empresa OcenGate, que levava cinco tripulantes em um passeio guiado ao navio naufragado.
Histórico
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Expedições ao Titanic
O governo estadunidense está pressionando pelo direito de fazer com que a Secretário de Comércio e sua unidade marítima, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), tenham o poder de aprovar ou negar permissão à RMS Titanic quando a empresa quiser realizar uma expedição aos destroços submersos.
Segundo um advogado aposentado da NOAA, Ole Varmer, em entrevista ao NYT, “isso já demorou muito para acontecer” e que agora o governo foi forçado a intervir.
Resposta da empresa dona do Titanic
A RMS Titanic Inc. não pretende aceitar a ação federal e vai combatê-la.
A empresa acredita que retém o direito de continuar a conduzir atividades de salvamento no local do naufrágio, sem procurar ou obter aprovação de terceiros que não sejam o Tribunal Distrital dos EUA, que mantém jurisdição sobre o local do naufrágio.
Brian A. Wainger, advogado da RMS Titanic Inc., em comunicado ao NYT
No entanto, esse embate pode durar anos e chegar à Suprema Corte. Como o local do naufrágio fica em águas internacionais, a questão é ainda mais complicada.
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O que a lei diz
Uma lei marítima dos EUA diz que o descobridor do naufrágio é seu “dono”.
No entanto, pela peculiaridade do caso do Titanic, um acordo internacional do país com o Canadá, França e Reino Unido, promulgou em 2017 a proibição de “qualquer pesquisa, exploração, salvamento ou outra atividade que possa alterar fisicamente ou perturbar o naufrágio ou local do naufrágio do RMS Titanic, a menos que autorizado pelo Secretário de Comércio”. A lei entrou em vigor em 2019.
Porém, a RMS Titanic Inc. se recusa a cumprir o acordo, seguindo à risca à lei marítima. Assim, o debate sobre quem pode regular pesquisas ou até expedições ao local ressurge.
Fonte: Olhar Digital
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