Um corpo celeste colidiu com Júpiter e o resultado foi um flash brilhante de energia capturado por astrônomos amadores. Apesar de serem relativamente frequentes no planeta, nem sempre é possível registrar o evento.

A colisão aconteceu por volta da 1h45 do dia 29 de agosto, no horário padrão do Japão (13h45 do dia 28, no horário de Brasília), e foi observada primeiramente pelo projeto Organized Autotelescopes for Serendipitous Event Survey (OASES) e pelo sistema Planetary Observation Camera for Optical Transient Surveys (PONCOTS).

Em uma postagem no X (Twitter), uma conta afiliada a eles alertou sobre o evento e pediu que outros observadores que estivessem olhando para Júpiter verificassem suas imagens em busca do brilho.

Algumas horas depois, o perfil MASA Planetary Log respondeu à publicação e compartilhou imagens mostrando o momento em que algo cai em Júpiter. No vídeo curto é possível ver uma explosão de luz vinda do gigante gasoso, associada a colisão algum com corpo celeste, como cometas e asteroides.

Quando acordei de manhã e abri o X (Twitter), vi a informação de que havia sido observado um flash na superfície de Júpiter. Naquela noite, quando verifiquei o vídeo do horário correspondente, vi um flash. Tive muita sorte de fotografar esse fenômeno quando aconteceu.

MASA Planetary Log, em resposta ao Space.com

Ainda não se tem informações sobre as propriedades e tamanho do objeto, mas devido ao espetáculo, provavelmente era grande.

Colisões de corpos celestes com Júpiter

Devido à sua enorme atração gravitacional e proximidade com o Cinturão de Asteroides, Júpiter é constantemente atingido por rochas espaciais. Um estudo de 2013, apontou que o planeta é alvejado de 12 a 60 vezes por ano por objetos entre 5 a 20 metros. A colisão com corpo maiores que 100 metros acontecem a cada poucos anos. Essas estimativas são maiores que a taxa de impacto de qualquer outro planeta.

No entanto, também é a atração gravitacional de Júpiter que eventualmente protege os planetas do Sistema Solar interno de outros objetos. Às vezes, ela também pode mandar algum corpo celeste em nossa direção.