Enquanto o rover Perseverance está em Marte procurando por sinais de vida antiga, aqui na Terra, alguns fósseis podem ajudar os pesquisadores nessa busca. Alguns vestígios de vida terrestre, tão antigos quanto as amostras coletadas no Planeta Vermelho, podem indicar quais sinais devem ser identificados.
As cianobactérias foram a primeira forma de vida grande o suficiente para serem vistas a olho nu e a há cerca de 3,5 bilhões de anos foram os organismos que dominaram o planeta. Os fósseis dessas algas verde-azuladas, conhecidos como estromatólitos, são o que os cientistas estão investigando para entender quais sinais de vida deverão ser procurados nas amostras marcianas, que acredita-se ter 3,8 bilhões de anos.
Quanto mais aprendemos sobre a evolução do nosso planeta, mais podemos aplicar esse conhecimento à nossa caracterização do Planeta Vermelho.
Eric Ianson, diretor do Programa de Exploração de Marte da NASA, em comunicado
Fósseis australianos
Um dos lugares onde estes estromatólitos podem ser encontrados é numa região da Austrália conhecida como Pilbara, uma faixa de terra seca que se acredita ser o lugar mais antigo do planeta. Por não passar por muitos processos geológicos, o local conseguiu preservar bem esses vestígios de vida primitiva.
Em comunicado, a NASA, apontou que sua equipe, com pesquisadores da Agência Espacial Australiana, da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Organização Australiana de Investigação Científica e Industrial foram até Pilbara para realizar essa investigação.
Os cientistas acreditam que o conhecimento adquirido na detecção de vestígios de vida nos fósseis podem ser úteis para quando as rochas marcianas forem enviadas de volta para a Terra, o que deve acontecer somente na década de 2030.
O rover Perseverance está atualmente trabalhando em uma cratera marciana onde se acredita que antes existia um lago e um delta de rio fluindo há bilhões de anos. As amostras recolhidas por ele serão enviadas para Terra através da missão Mars Sample Return (MSR) e serão analisadas em busca de vestígios de vida. No entanto, a missão enfrenta alguns desafios devido a questões orçamentárias.
Fonte: Olhar Digital
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