Quase 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo já se inscreveram para participar do projeto Worldcoin. Mas o sistema de verificação que escaneia os olhos das pessoas e foi cofundado por Sam Altman, CEO da OpenAI, dona do ChatGPT, tem enfrentado dificuldades para continuar se expandindo em função das várias investigações abertas em diversos países.

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Worldcoin: projeto polêmico

Worldcoin garante que os dados recolhidos são excluídos ou armazenados de forma criptografada (Imagem: Iljanaresvara Studio/Shutterstock)

Investigações mundo afora

Na Argentina, a Agência de Acesso à Informação Pública (AAIP) vai apurar se a Worldcoin está respeitando as “medidas de segurança adotadas no âmbito da proteção da privacidade dos usuários”. “Além disso, serão tomadas medidas adequadas para resolver quaisquer problemas identificados e garantir que a empresa cumpra os padrões de segurança e privacidade”, destacou a AAIP.

Segundo a agência, a Worldcoin possui pontos de registro de íris nas províncias de Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Rio Petro. O governo argentino lembrou ainda que os cidadãos do país “têm direito, sempre que sejam fornecidos dados pessoais, a dispor de informação clara e acessível relativamente a atribuição, utilização e finalidade para a qual os dados são recolhidos e tratados, especialmente no que diz respeito a dados sensíveis, como os dados biométricos”.

Autoridades do Reino Unido, da Alemanha, da França e de Portugal também apuram a forma como o projeto obtém, armazena e processa os dados biométricos obtidos. De acordo com os responsáveis pela iniciativa, o registro de íris é apagado assim que é coletado, sendo substituído por uma identidade criptografada, o World ID.

Já no Quênia, o governo do país africano ordenou o fim da coleta de dados da Worldcoin. Em um comunicado, a Autoridade de Comunicação queniana afirmou que vai avaliar o projeto da Worldcoin devido à “falta de clareza no armazenamento e segurança” das informações de íris coletadas dos usuários.

Além disso, as autoridades citam “incertezas” relacionadas às criptomoedas que serão vinculadas aos olhos das pessoas. Por fim, o governo do Quênia questionam os incentivos oferecidos pela Worldcoin para fazer pessoas entregarem os dados para a empresa.

A empresa garante que os dados biométricos são excluídos ou armazenados de forma criptografada e que está “comprometida” em trabalhar com os reguladores, segundo informações da Reuters.

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