O número de veículos emplacados em agosto permaneceu estável em relação a julho deste ano, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE). O único setor que apresentou queda foi o dos automóveis, com o fim do programa carro popular do Governo Federal. Por outro lado, houve uma alta no emplacamento de motocicletas. O cenário de estabilidade pode refletir a menor procura por novos modelos devido ao baixo poder de compra e ofertas de crédito.
Números de emplacamento
Motivos para estabilidade, queda de automóveis e crescimento de motos
Segundo Andreta Jr., presidente da FENABRAVE, o motivo para a queda no número de emplacamento de automóveis se dá pela baixa oferta e liberação de crédito.
O interesse pelos modelos havia crescido com o programa do carro popular, mas, após o fim da iniciativa, a oferta de crédito voltou a piorar.
As Medidas Provisórias foram muito importantes para aquecer, momentaneamente, o mercado, mas o resultado de automóveis, em agosto, agravado pela piora na oferta de crédito, já deixa clara a necessidade de uma política de fomento industrial de longo prazo.
Andreta Jr., presidente da FENABRAVE
Ela ainda lembra que os números de agosto foram melhores do que o mesmo mês em 2022, com uma alta de 13,7%> Mas, naquele momento, com a guerra na Europa, a escassez de peças e a alta no valor dos combustíveis também não representavam um cenário positivo.
Já em relação à alta das motocicletas, Andreta Jr. associa o ganho às melhores opções de crédito e financiamento, que fazem das motos uma alternativa.
Soluções
Para o presidente da FENABRAVE, é necessário estabelecer um programa de fomento à indústria a longo prazo. Segundo ele, a Federação está estudando projetos a serem propostos ao Governo Federal para tornarem os veículos mais acessíveis ao consumidor de menor renda.
Como exemplo, ele citou a redução de preços, maior oferta de crédito e a valorização da descarbonização do setor.
Fonte: Olhar Digital
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