Enquanto a greve dos atores de Hollywood não conquista um acordo adequado, a próxima indústria afetada deve ser a dos videogames. Isso porque o SAG-AFTRA (Sindicato dos Atores) anunciou que votará sobre uma possível greve focada nos contratos de artistas de games.
Na última sexta-feira (1), o conselho do sindicato decidiu que votará pela autorização de uma paralisação entre os dias 5 e 25 de setembro, em que os membros deverão decidir se o SAG-AFTRA irá aderir à reivindicação que deve impactar dez empresas de videogames.
A informação foi confirmada pela presidente do SAG-AFTRA, Fran Drescher:
Lá vamos nós de novo. Agora nosso acordo de videogame interativo também está em um impasse. Mais uma vez enfrentamos a ganância e o desrespeito dos empregadores. Mais uma vez, a inteligência artificial está a colocar os nossos membros em risco de reduzir as suas oportunidades de trabalho. E mais uma vez, a SAG-AFTRA está a enfrentar a tirania em nome dos seus membros.
Fran Drescher, presidente do SAG-AFTRA.
Como destaca o DeadLine, atualmente, dez empresas que devem ser impactadas pela possível greve:
Além de proteções contra a IA, o sindicato pede um aumento salarial retroativo de 11% para artistas de videogames, com elevações de 4% no segundo e terceiro ano de contrato. As porcentagens são as mesmas solicitadas pelo SAG-AFTRA aos estúdios de cinema e TV.
O chamado “Acordo de Mídia Interativa (Videogame)” também busca períodos de descanso por hora, presença de médico em trabalhos perigosos — como acrobacias — e proibições contra estresse vocal (para atores de voz).
Em comunicado, o SAG-AFTRA lembra que, embora o “Acordo de Mídia Interativa” tenha pontos em comum com o acordo de cinema, TV e streaming, os contratos são separados.
Embora questões importantes como salários que acompanham a inflação e proteções contra o uso desenfreado de inteligência artificial sejam pontos comuns nas negociações, o Acordo de Mídia Interativa (Videogame) é um contrato separado dos contratos de TV, teatro e streaming.
SAG-AFTRA, em comunicado.
A última greve do SAG-AFTRA contra empresas de videogames aconteceu entre 2016 e 2017, durando 183 dias. Na época, a paralisação conquistou pagamentos bônus por sessão trabalhada pelos artistas em cada jogo.
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Fonte: Olhar Digital
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