Desde a ascensão da IA, capitaneadas principalmente pela popularidade do ChatGPT, questionamentos se a tecnologia poderia ou não substituir humanos, ou se representaria um risco para a humanidade, surgiram junto. Ao passo que alguns argumentam que a inteligência artificial poderia se desenvolver e acabar com o ser humano, outros estão mais preocupados com seus impactos no dia a dia. No entanto, especialistas e executivos de empresas desenvolvedoras estão longe de entrar em um consenso sobre as consequências da IA.
IA e risco para humanidade
IA e riscos do dia a dia
Um grupo de cientistas contrários à ideia de que a IA arriscaria a humanidade critica quem pensa dessa forma, afirmando que esses executivos estariam criando “distrações” com hipóteses alimentadas pela ficção científica.
Para eles, as empresas e reguladores de IA deveriam focar menos no risco existencial e mais no que a tecnologia já é capaz de fazer, podendo impactar o dia a dia das pessoas. Isso inclui a capacidade de produzir desinformação, disseminar preconceitos, explorar trabalhadores e aprofundar a desigualdade.
De acordo com Daniel Schoenberger, ex-advogado do Google que trabalhou na lista de princípios de IA em 2018 e agora está na Web3 Foundation, a preocupação é quanto ao domínio da tecnologia, “de a big tech se tornar uma big AI”. Assim, esse grupo pede a regulação do que a IA pode ou não fazer. A fala veio em entrevista ao The Wall Street Journal.
Meio termo
Ainda, outros especialistas defendem que é a polarização entre as duas preocupações que causa distração. Segundo Max Tegmark, presidente do Future of Life Institute, ONG que fomenta debates sobre riscos ao planeta e à humanidade, as empresas têm interesse em alimentar essa divisão para evitar a regulamentação.
Isso porque, uma vez que as pessoas estão preocupadas com o risco de a IA se desenvolver para dominar humanos, não se preocupam com o que ela já vem causando no dia a dia. E vice e versa.
Fonte: Olhar Digital
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