Putin disposto a reativar acordo de grãos com Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, expressou disposição em reativar o acordo de grãos com a Ucrânia, suspenso em meados de julho. No entanto, ele enfatizou que isso ocorrerá quando as restrições às exportações de produtos agrícolas russos forem aplicadas pelo Ocidente. Putin fez essa declaração após o Exército russo bombardear infraestruturas agrícolas ucranianas em um porto fluvial no Danúbio.
Putin declarou durante uma coletiva de imprensa com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em Sochi, no litoral russo no Mar Negro, que eles retomariam o acordo assim que as promessas de permitir a exportação de produtos russos fossem cumpridas. Ele também anunciou que acordos para o envio gratuito de cereais estão prestes a serem fechados com seis países e que os envios ocorrerão nas próximas semanas.
Por sua vez, Erdogan informou que a Turquia apresentou novas propostas, elaboradas em conjunto com a ONU, para restabelecer a ligação da filial do banco agrícola russo ao sistema bancário SWIFT e desbloquear os ativos congelados de empresas russas que produzem fertilizantes na Europa. O presidente turco se mostrou otimista quanto à possibilidade de resolver essas questões.
O acordo anterior permitia à Rússia vender seus produtos, cujos envios foram prejudicados pelas sanções ocidentais. O Kremlin aguarda propostas concretas para voltar a aderir ao pacto. Essa reunião entre Putin e Erdogan também é vista como uma plataforma para uma negociação mais ampla para a paz entre Ucrânia e Rússia. Putin destacou que a Ucrânia usou o corredor de transporte de grãos pelo Mar Negro para ataques terroristas contra instalações russas.
Enquanto isso, no campo de batalha, Kiev relatou derrubar 23 drones lançados pela Rússia no sul e sudeste, com danos materiais relatados, mas sem vítimas. A situação permanece tensa, com progressos limitados na frente sul e tentativas de recuperação de território no leste por parte das forças ucranianas. Kiev também enfrenta ameaças de bomba contra escolas na capital.
*Com agências internacionais
Fonte: Jovem Pan News
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