No entanto, de acordo com o site de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, é possível que essa CME ejetada no dia 30 tenha chegado realmente fraca no sábado (2), mas seu impacto foi mascarado por uma corrente caótica de vento solar que já soprava ao redor da Terra ao mesmo tempo. Isso gerou uma tempestade geomagnética mais forte do que o previsto, atingindo o grau G2, considerado moderado.

Nesta época do ano, segundo a plataforma, mesmo CMEs fracas são capazes de provocar auroras, como resultado do chamado efeito Russell-McPherron, que aumenta a atividade geomagnética ao redor dos equinócios e causa rachaduras na magnetosfera do planeta.

Geralmente, as auroras se formam nas latitudes mais altas do globo, como Islândia, Noruega, Finlândia e Groenlândia. No entanto, desta vez, observadores posicionados na região central do Canadá e no norte dos EUA puderam testemunhar luzes espetaculares durante todo o fim de semana.

“A noite passada foi absolutamente épica”, descreveu Ethan Hohnke, que enviou ao Spaceweather.com a foto de destaque desta matéria, obtida da Costa dos Lagos Nacionais de Sleeping Bear Dunes, perto de Empire, no estado norte-americano de Michigan. “A aurora pôde ser vista dançando sobre as águas do Lago Michigan antes que a Lua subisse”.

Para o astrofotógrafo Terri Norris, responsável pela captura abaixo, foi um “momento de arrancar lágrimas”. Ele fez seu registro do Ponto do Farol Old Mackinaw, também em Michigan. “Tornou-se intenso o suficiente para vermos alguns pilares (raias verticais intensas de luz)! As auroras desapareceram (como previsto) à medida que a lua cheia minguante subia. Uma noite incrível!”.

Crédito: Terri Norris via Spaceweather.com

Moradores dos EUA e do Canadá publicam registros de auroras no Twitter

Diversos registros de auroras foram compartilhados no Twitter (X) por norte-americanos e canadenses.

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