A transição de veículos com motor a combustão para modelos elétricos já começou. O processo é mais intenso em alguns países. Na União Europeia, governos estão apoiando essa mudança, incentivando o consumo e estabelecendo metas para diminuir o volume de modelos não elétricos nas ruas. No entanto, pode ser que a África ultrapasse o restante do mundo no que diz respeito à adoção das motos elétricas.

Contexto

A União Europeia já estabeleceu metas para diminuir a presença de veículos a combustão nas ruas nos próximos anos. A Ásia e a América do Norte também estão avançando na produção dos modelos elétricos, ainda sem planos ambiciosos para adoção.

A África pode ultrapassar esses outros locais com novas medidas ousadas em prol das motocicletas. Como aponta o site Electrek, grande parte do continente é adepto ao uso dos mototáxis (ou boda-bodas, como são popularmente conhecidos), por sua praticidade, mas também pela facilidade de dirigir em terrenos acidentados ou se locomover nas cidades mais populosas. Assim, alavancar a presença elétrica nesse setor é um ponto importante para intensificar a transição.

Empresa ROAM é fabricante da moto elétrica Air, popular no continente africano (Foto: ROAM/Reprodução)

Motos elétricas na África

Parceria com empresas do setor elétrico

A Spiro, que fechou a parceria com o governo do Quênia, é um dos exemplos de empresas que se uniu para acelerar a transição elétrica. A startup tem mais de 10 mil motos elétricas vendidas no continente africano e, para dar conta da nova demanda, vai aumentar sua produção.

Outras empresas do setor, como a Zembo e a ROAM, também vão aumentar suas metas na esperança de fazerem parte da nova tendência de eletrificação na África.

Assim, é possível que, nos próximos anos, o continente assuma a vanguarda da transição.