A lua Titã, de Saturno, é uma das mais conhecidas do nosso Sistema Solar e essa fama tem um motivo: ela tem algumas semelhanças com nosso planeta e desde que foi descoberta é apontada como um local com potencial de abrigar vida.
Como é a lua Titã?
Titã é considerada uma versão da Terra com poucas diferenças, o que levanta algumas perspectivas, como se o satélite poderia abrigar vida, além de questionamentos de como seria viver em um local onde os ciclos de metano são bem diferentes.
Uma das características mais distintivas de Titã é sua atmosfera densa. Composta principalmente por nitrogênio, ela também abriga uma quantidade significativa de metano e outros hidrocarbonetos, tornando-se uma das poucas atmosferas densas presentes nas luas do Sistema Solar. Essa atmosfera intrigante é mais densa do que a da Terra, exercendo uma pressão sobre a superfície que é cerca de 1,5 vezes maior do que a pressão atmosférica terrestre.
A superfície de Titã é coberta por uma crosta de gelo de água, mas o que torna realmente especial são seus lagos e mares líquidos. No entanto, em vez de água, esses corpos líquidos são compostos principalmente de metano e etano, devido às baixas temperaturas extremas de Titã, que impedem a existência de água líquida na sua superfície.
Missões de exploração por lá
A sonda Cassini-Huygens, uma colaboração entre a NASA e a ESA, realizou estudos detalhados de Titã durante sua missão em Saturno. A parte da sonda Huygens pousou com sucesso na superfície de Titã em 2005, fornecendo informações úteis sobre a lua, sua atmosfera e sua geologia.
A presença de moléculas orgânicas complexas em Titã intrigou os cientistas e levantou questões sobre a possibilidade de vida ou processos químicos complexos em seu ambiente.
“A missão Cassini revelou que Titã é um mundo geologicamente ativo, onde hidrocarbonetos, como metano e etano assumem o papel que a água tem na Terra”, disse David Williams, geólogo planetário da Universidade do Arizona em entrevista coletiva na época. “Esses hidrocarbonetos chovem na superfície, fluem em córregos e rios, se acumulam em lagos e mares, e evaporam na atmosfera. É um mundo bastante surpreendente”, completa Williams.
A NASA planeja retornar à Titã em 2034 para a missão Dragonfly, que lançará um drone sob sua superfície. O veículo será capaz de decolar e pousar na paisagem de Titã. Durante essa missão, a NASA espera percorrer aproximadamente 175 quilômetros, durante um estudo inicial de quase três anos.
Fonte: Olhar Digital
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