A Inteligência Artificial (IA) veio para ficar e tem se estabelecido como uma força transformadora em diversas esferas da nossa sociedade. Na educação, sua presença tem sido cada vez mais notável, trazendo consigo uma série de mudanças que prometem revolucionar a forma como aprendemos e ensinamos.
De acordo com uma pesquisa da empresa Impact Research, 88% dos professores aprovaram a IA. Eles concordam que o impacto da ferramenta é positivo no ensino. Entre os estudantes, 79% pensam a mesma coisa.
O levantamento indica que 75% dos professores creem que o ChatGPT pode ajudar seus alunos a aprender mais – entre os estudantes, 68% acreditam que o programa pode ajudá-los a se tornarem melhores alunos e 75% acham que os ajuda a aprender mais rápido.
Dúvidas e discordâncias
Embora tenha benefícios comprovados ao empregar o uso da IA na educação, o assunto ainda divide opiniões e traz muitas dúvidas. Afinal, muitos profissionais da área estão mais preocupados com o aluno usar a tecnologia de maneira errônea do que trazer um diferencial importante para ampliar o conhecimento.
É claro que existe um medo de afetar de maneira negativa o mundo acadêmico. Aliás, desde que a IA virou o assunto do momento, este é um receio de diversas áreas. No entanto, precisamos destacar que ela não é capaz de raciocinar e nem escrever textos originais, trazendo novas ideias e nem fazer as conclusões que somente um ser humano é capaz de produzir. Portanto, é melhor olhar para ela com uma aliada no âmbito educacional e não como uma vilã.
Um dos maiores impactos positivos da IA na educação é a personalização do aprendizado. Ter plataformas educacionais impulsionadas pela IA, que analisam o desempenho dos alunos e adaptam o conteúdo de acordo com suas necessidades individuais, pode ajudar muitas pessoas. Isso possibilita um aprendizado mais eficaz, permitindo que cada um avance no seu próprio ritmo e concentre-se nas áreas em que precisam mais de apoio.
Além disso, professores podem se beneficiar da IA como uma ferramenta de ensino assistido. Chatbots e assistentes virtuais podem ajudar a responder às perguntas dos alunos, fornecer suporte fora do horário de aula e até mesmo criar atividades de ensino personalizadas.
No entanto, a crescente dependência da tecnologia também destaca a desigualdade digital. Nem todos os alunos têm acesso igual a dispositivos e conectividade de qualidade, o que pode agravar as disparidades educacionais. Sem contar que uma pesquisa conduzida pela UNESCO revela que menos de 10% das instituições educacionais desenvolveram políticas institucionais ou orientações formais sobre a utilização desses aplicativos de IA.
É preciso superar esse desafio para que a IA possa ser utilizada por todos de maneira democrática. Além disso, como nos demais setores, educar alunos e docentes para o uso correto, ético e responsável da tecnologia é uma necessidade que não pode ser ignorada.
Colocar todas as preocupações na mesa, trazer regulamentação e uso seguro da IA pode garantir que ela seja uma força positiva na educação, que beneficie todos os alunos e não aumente as desigualdades. À medida que avançamos com o tema, é bem provável que continuemos a trazer discussões e formar diretrizes que traga melhorias para a educação.
Fonte: Olhar Digital
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