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Uma montanha-russa chamada Jesé: reforço do Coxa foi de craque mundial a renegado

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Ligando o modo Football Manager da vida real, o Coritiba confirmou Jesé Rodríguez como mais um reforço vindo da Europa para o início da nova era do clube, agora SAF. Jesé jogou nos principais palcos da Europa durante anos, mas esteve longe de ter o protagonismo que um dia se esperou dele. Desde cedo, a polêmica esteve ao seu lado. Seus desencontros na vida amorosa e atitudes destemperadas só o afastaram ainda mais dos holofotes. Ao menos dentro de campo. 

Natural das Ilhas Canárias, Jesé começou como grande revelação das canteras do Real Madrid. Desde cedo seu temperamento explosivo pôde ser constatado. Com apenas 14 anos, em um dérbi na base contra o Atlético de Madrid, foi suspenso por um longo período por dar uma cabeçada no árbitro. 

Pelo Real Madrid Castilla, time B dos Merengues, Jesé foi grande estrela. Tanto que, antes mesmo de conseguir jogar com regularidade no primeiro time, os jornais locais já tratavam Jesé como promessa de “craque mundial”, com números comparáveis, ainda segundo a imprensa local na época, aos de Maradona e Messi. 

Na temporada 2012/13, por exemplo, Jesé chegou a 22 gols na segunda divisão espanhola, jogando ao lado dos brasileiros Fabinho e Casemiro e dos compatriotas Álvaro Morata e Nacho Fernández. Todos acabaram por ter mais sucesso que a promessa artilheira.

A estreia no time principal foi em dezembro de 2011, contra o Ponferradina, pela Copa do Rei. O primeiro gol só saiu em 2013, contra o Barcelona, no Camp Nou. Nessa mesma temporada, Jesé parecia se firmar no time principal dos Merengues. Tanto que o jornal Marca pediu sua convocação para a seleção para a Copa a ser disputada no Brasil com o título Jeselección.

Jesé, porém, nunca jogou pela Fúria. Tampouco foi o “craque mundial” que se esperava. Em março de 2014, o ponta rompeu os ligamentos do joelho e ficou afastado dos gramados por nove meses. 

Durante o período afastado, Jesé viu sua casa pegar fogo. Teve de fugir, segundo relatos da imprensa local, de muletas, e “pulou o muro” para a casa do então companheiro de clube Álvaro Arbeloa. 

Jesé voltou a jogar em dezembro de 2014, marcando contra o Cornellà, em duelo pela Copa del Rey. Na temporada seguinte, fez seis gols e deu seis assistências, pareceu voltar a recuperar a boa forma, mas acabou negociado com o Real Madrid com o PSG por 25 milhões de euros. 

Ao mesmo tempo em que continuava a carreira, aparecia também com destaque na imprensa espanhola fora das quatro linhas. Em 2016, estreou como reggaetonero e lançou a música Yo sabia. Jey M foi seu nome artístico escolhido. 

Na época da mudança para Paris, começou o relacionamento com Aurah Ruiz, enquanto Melody Santana, mãe do primeiro filho de Jesé, divulgou que se tornara mãe do segundo filho do jogador, que deixara de respondê-la e atendê-la. Jesé pediu o exame de DNA, como já havia feito com o primeiro filho, que mais uma vez indicou a paternidade. 

Os relacionamentos extracampo de Jesé transformam um pouco essa história em uma novela mexicana, quase uma Usurpadora. Enquanto o jogador não conseguiu se firmar no PSG e acabou fracassando nos empréstimos por Las Palmas e Stoke City, Aurah, que fora mãe do terceiro filho de Jesé, reclamara nas redes sociais que o jogador não queria saber da criança. 

Jesé deixou de se preocupar com a carreira de jogador. Afinal, tinha muito a se preocupar fora de campo. A briga com Aurah, que chegou a ter uma tentativa de atropelamento dela contra ele, entrou na justiça, e Aurah acabou tendo que pagar nove dias de serviço comunitário por “assédio”. Meses depois, não esquecendo um relacionamento com a modelo Janira Barm que também rendeu alguns testes de paternidade, Jesé pediu Aurah em casamento. O plot twist perfeito para essa história. O pedido de desculpas foi ao vivo, em rede nacional

Um jornal espanhol chegou a dizer que, se antes se comparavam os números esportivos de Jesé no início da carreira com os de Maradona. Na vida amorosa, o ídolo argentino, perto de Jesé, não se passava de um notário de Albacete.

Vivendo, desde então, uma aparente paz, a calmaria depois da tempestade, Jesé tentou voltar a focar na carreira futebolística. Após novos fracassos em Betis e Sporting (os portugueses chegaram a devolver o atacante antes do fim do empréstimo), o ponta viveu boa temporada no Las Palmas em 2021/22, com 11 gols e seis assistências em 41 jogos. Na última temporada, Jesé voltou a viver um pouco de instabilidade, em temporada de seis gols e duas assistências em 27 jogos por Ankaragücü e Sampdoria (será que o relacionamento anda bem?). 

Jesé chega ao Coritiba com muita bagagem. Para o bem e para o mal. Com o coração, como espera o torcedor do Coxa, resolvido, com a cabeça, assim espera o torcedor do Coxa, focada no futebol. O torcedor coxa-branca espera que essa montanha-russa esteja no alto. 

Fonte: Ogol

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