Nas últimas três décadas, houve um aumento de 79% de casos de câncer entre pessoas com menos de 50 anos em todo o mundo, de acordo com uma pesquisa publicada recentemente na revista British Medical Journal Oncology.
Apesar de a maioria dos diagnosticos se concentrar em pessoas mais velhas, as evidências sugerem que os casos na população abaixo dos 50 anos aumentaram em muitas partes do mundo desde a década de 90.
Principais cânceres de início precoce
Regiões com maiores diagnósticos e mortes
O estudo se baseou em dados do Estudo Global Burden of Disease 2019 para 29 cânceres em 204 países e regiões. As taxas mais elevadas de câncer de início precoce em 2019 foram registradas na América do Norte, Australásia (Austrália, Nova Zelândia, Nova Guiné e ilhas da Indonésia) e Europa Ocidental.
Oceania, Europa Oriental e Ásia Central foram as regiões com as taxas de mortalidade mais altas para pessoas com menos de 50 anos.
Fatores associados ao aumento de câncer na população abaixo dos 50 anos
De acordo com os pesquisadores, os fatores genéticos, provavelmente, têm um papel importante nesses aumentos. Porém, a alimentação rica em carne vermelha e sal, ausência de frutas e leite, consumo de álcool e tabagismo, também são fatores de risco associados aos cânceres mais comuns entre pessoas abaixo dos 50 anos.
Falta de atividade física, excesso de peso e níveis elevados de açúcar no sangue também são fatores de risco.
A compreensão completa das razões que impulsionam as tendências observadas permanece indefinida, embora fatores de estilo de vida provavelmente estejam contribuindo, e novas áreas de pesquisa, como o uso de antibióticos, o microbioma intestinal, a poluição do ar externo e as exposições no início da vida estejam sendo exploradas.
São urgentemente necessárias medidas de prevenção e detecção precoce, juntamente com a identificação de estratégias de tratamento ideais para cancros de início precoce, que devem incluir uma abordagem holística que aborde as necessidades únicas de cuidados de suporte dos pacientes mais jovens.
Médicos do Centro de Saúde Pública da Queen’s University Belfast, em editorial vinculado ao estudo.
Fonte: Olhar Digital
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