Um recente tweet do bilionário Elon Musk revelou que o X, anteriormente conhecido como Twitter, sofreu uma desvalorização significativa de 90% desde a sua aquisição em outubro de 2022, totalizando US$ 40 bilhões (R$ 199 bilhões) em perdas. Agora, segundo as próprias contas de Musk, a empresa poderia valer somente US$ 4 bilhões.
O comentário, publicado na segunda-feira (4), foi uma resposta direta a um usuário e desencadeou uma série de debates sobre as causas por trás dessa perda de valor.
Elon Musk alegou que parte considerável da depreciação da rede social pode ser atribuída à campanha de boicote liderada pela Liga Antidifamação, uma organização dedicada à proteção dos direitos dos judeus. A campanha, que teve início no ano passado, acusa o bilionário de promover discursos antissemitas em suas redes sociais.
Segundo Musk, a Liga Antidifamação teria causado perdas estimadas em cerca de US$ 4 bilhões, representando aproximadamente 10% da desvalorização total registrada até agora. A revista de economia Fortune foi a primeira a divulgar essa informação.
Se as estimativas de Musk estiverem corretas, o prejuízo representaria uma desvalorização de quase 90% em relação ao valor pago pela aquisição do X, que totalizou US$ 44 bilhões (R$ 218,9 bilhões).
Musk e sua liga de investidores
Além disso, o CEO investiu cerca de US$ 24 bilhões (R$ 119,9 bilhões), enquanto seus amigos bilionários, Larry Ellison, Ron Baron, e o príncipe Al Waleed da Arábia Saudita, contribuíram com US$ 7 bilhões (R$ 34,9 bilhões) em ações, e os restantes US$ 13 bilhões (R$ 64,9 bilhões) foram financiados por bancos.
Consequências jurídicas
Elon Musk expandiu seu raciocínio em uma discussão sobre a possibilidade de levar a Liga Antidifamação à justiça por difamação, afirmando que a organização poderia enfrentar consequências legais por “ter destruído até metade do valor da empresa”, equivalente a US$ 22 bilhões (R$ 109,5 bilhões).
Em resposta às acusações do empresário, Jonathan Greenblatt, presidente da Liga Antidifamação, afirmou em sua conta na mesma rede social, em maio, que as declarações do empresário alimentam discursos antissemitas da extrema-direita e podem encorajar extremistas.
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Fonte: Olhar Digital
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