O Google anunciou na quarta-feira (6) que, conforme sua nova política, será obrigatório anunciantes eleitorais divulgarem de forma clara e visível se seus anúncios contêm conteúdo gerado por IA. A medida começa a valer a partir de novembro. 

O que você precisa saber: 

As alterações e ações de cautela do Google ocorrem consonante a aproximação das eleições nos EUA, previstas para novembro de 2024. Segundo a Reuters, a empresa citou que deepfakes criados por algoritmos de IA confundem os limites entre fato e ficção, tornando difícil para os eleitores distinguirem o real do falso. 

Montagem com cabeças de bonecos sobrepostos por linhas de chip
(Imagem: Reprodução/Kapersky)

Para a Mandiant, a IA generativa permite ainda que grupos com recursos produzam conteúdo de maior qualidade e em grande escala, um risco para o período eleitoral — a depender do objetivo de uso. 

A gigante de busca e publicidade pontuou, no entanto, que qualquer conteúdo sintético que seja irrelevante para as afirmações feitas no anúncio estará isento dos requisitos de divulgação. 

X/Twitter e os anúncios políticos 

Também acompanhando a aproximação do período de eleições nos EUA, o X, antigo Twitter, realizou mudanças. Recentemente, a rede social de Elon Musk decidiu permitir a volta dos anúncios políticos na plataforma sob a justificativa da liberdade de expressão — especialistas acreditam em estratégia para recuperar receita perdida com a queda no setor de publicidade da empresa. 

Os anúncios políticos foram banidos do Twitter em 2019, quando o então CEO Jack Dorsey afirmou que “o alcance da mensagem política deve ser conquistado, não comprado”. 

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