Para quem já estudou um pouco de história e geografia, certamente se lembra da primeira corrida espacial para chegar à Lua, ocorrida entre as décadas de 1957 e 1975 durante a Guerra Fria. Apesar de os Estados Unidos ter sido campeão há mais de 50 anos, o satélite natural da Terra nunca deixou de ser um alvo importante de pesquisa para os estudiosos e mais uma vez se concentra como uma das principais conquistas para o desenvolvimento de estudos que podem revolucionar a ciência espacial. A seguir, confira por que os países desejam chegar ao polo Sul da Lua.
Quais os países desejam chegar ao polo Sul da Lua e por quê?
A corrida espacial na época da Guerra Fria se sustentou como uma forma de mostrar ao mundo qual país detinha a melhor tecnologia para alcançar a Lua e iniciar de perto os primeiros estudos no solo do satélite. Atualmente, mais de 50 anos depois do primeiro pouso no local, países como Estados Unidos, China, Rússia, e Índia almejam repetir o feito para iniciar novos estudos na exploração espacial.
O polo Sul da Lua oferta características muito diferentes da região onde os astronautas estadunidenses pousaram em 1969, e nenhum ser humano ou robô havia estado lá até muito recentemente. Este local está mais localizado nas extremidades do satélite e abriga paisagens mais escuras, com sombras mais longas, temperaturas congelantes e uma superfície muito mais irregular –– com diversas crateras e depressões.
E por que é tão importante chegar até lá? Quem chegar primeiro ao polo Sul encontrará uma região “intocada” de recursos para serem estudados, sem a interferência de outras tripulações. Estima-se que alguns destes recursos podem ser reservas de gelo dentro das crateras e minerais raros de serem encontrados no nosso planeta. Os depósitos de gelo –– que são, portanto, água (H2O) –– são extremamente valiosos no espaço, já que um suprimento local de água poderia estabilizar a presença sustentável do ser humano fora da Terra.
Mas por que esse gelo é tão importante? Porque, pelo menos em tese, poderia ser manipulado para transformar-se em líquido (água) para beber, transformar em combustível para foguetes, e até extrair oxigênio para respirar. Dessa forma, a Lua serviria como uma espécie de parada obrigatória na exploração do universo: as tripulações partiriam da Terra até a Lua, abasteceriam os veículos espaciais com o que fosse preciso, e depois partiriam para outros lugares para continuar a exploração.
Além disso, a Lua também serviria como um lugar para aprender mais sobre os mistérios do nosso Sistema Solar e responder algumas perguntas dos estudiosos.
Quem foi o vencedor nesta nova corrida espacial?
Israel e Japão já haviam iniciado alguns testes para pousar objetos e foguetes na Lua, mas acabaram falhando –– muito embora, até a finalização desta matéria, a nação japonesa tenha iniciado mais uma missão, intitulada Slim, na qual enviou um foguete ao satélite terrestre e pretende alcançá-lo até fevereiro do ano que vem.
A Rússia também entrou na corrida até o polo Sul lunar, mas colidiu contra a superfície do satélite e o problema ocasionou uma perda na comunicação entre a sonda e seu país, tornando a missão um completo fracasso.
O vencedor foi a Índia, que lançou um foguete com robô no dia 14 de julho e concluiu, de forma bem-sucedida, uma aterrisagem no polo Sul lunar em 23 de agosto. O pouso garantiu ao país asiático o posto de quinta nação a conseguir aterrissar no satélite e o primeiro no polo Sul. Vale à pena dizer que a Chandrayaan-3, nome da missão, teve o pouso de sua sonda de forma completamente automática –– o que a diferencia de outras tecnologias, que necessitavam de um controle remoto. Confira o pouso da sonda logo abaixo:
Fonte: Olhar Digital
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