Proprietários de carros BMW não precisarão mais se preocupar em pagar uma taxa mensal para desfrutar de assentos aquecidos durante os dias mais frios do inverno. A BMW desistiu de seus planos de cobrar uma assinatura mensal de US$ 18 para o recurso, após diversos clientes mostrarem insatisfação com a ideia de pagar a mais para usar funções já existentes em seus carros.
Essa decisão foi revelada durante uma entrevista da Autocar com Pieter Nota, membro do conselho de vendas e marketing da BMW, na conferência IAA Mobility em Munique. Nota disse que a assinatura para assentos aquecidos era parte dos experimentos da montadora com microtransações, mas não foi bem-sucedido.
“Pensávamos que estaríamos oferecendo um serviço extra ao cliente dando a opção de ativar isso mais tarde. No entanto, a aceitação não foi alta”, disse Nota. “As pessoas sentiam que estavam pagando duas vezes pelo serviço. Embora isso não fosse verdade, a percepção é a realidade.”
Entenda a polêmica da assinatura da BMW para assentos aquecidos
A tentativa de cobrar pela função de assentos aquecidos chamou a atenção quando a opção apareceu nas lojas digitais da BMW em diversos países, incluindo Reino Unido, Alemanha, Nova Zelândia, Coreia do Sul e África do Sul. Dependendo da região, a assinatura mensal para aquecer os assentos dianteiros era de cerca de US$ 18, com opções de assinatura anual por US$ 180, três anos por US$ 300 ou acesso “ilimitado” por US$ 415.
Entretanto, essa assinatura nunca chegou a mais países e morreu antes mesmo de ser amplamente implementada. A empresa também retirou a assinatura para volantes aquecidos de sua loja ConnectedDrive.
Não é a primeira vez que a BMW tenta, sem sucesso, introduzir assinaturas. A montadora já havia tentado cobrar uma taxa anual para os clientes que quisessem usar o Apple CarPlay em seus veículos. Além disso, a BMW experimentou tornar todo o carro uma assinatura, com um serviço chamado Access by BMW. Ambos os programas foram encerrados.
Ainda assim, assinaturas estão se tornando cada vez mais populares no setor automotivo. Enquanto algumas funções extras podem atrair clientes, cobrar por funções que eles consideram padrão tem gerado críticas negativas para as empresas.
Fonte: Olhar Digital
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