A Agência Internacional de Energia (AIE) aposta que o mundo está em um ponto de virada. O órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que estamos próximos do início do fim da era dos combustíveis fósseis.
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O World Energy Outlook, a principal publicação da Agência Internacional de Energia sobre projeções e análises de energia global anual , será divulgado no próximo mês e mostrará que “o mundo está à beira de um ponto de virada histórico”. A declaração é do diretor executivo da AIE Fatih Birol.
Segundo ele, essa mudança terá implicações na luta contra as mudanças climáticas, pois antecipará o pico de emissões de gases de efeito estufa. As informações são da Tech Xplore.
Os combustíveis fósseis estarão conosco por muitos anos, mas olhando para nossos números, podemos estar testemunhando o início do fim da era dos combustíveis fósseis.
Fatih Birol, diretor executivo da AIE
Declínio do petróleo, carvão e gás está próximo
De acordo com Fatih Birol, a demanda global de petróleo atingirá o pico antes do final desta década, e depois cairá. O mesmo acontecerá para o carvão e o gás.
Nossas últimas projeções mostram que o crescimento de veículos elétricos em todo o mundo, especialmente na China, significa que a demanda por petróleo está a caminho de atingir o pico antes de 2030. Depois de permanecer teimosamente alta na última década, a demanda por carvão deve atingir o pico nos próximos anos. E a era de ouro do gás está agora chegando ao fim.
Fatih Birol, diretor executivo da AIE
Ele ressaltou que este é o resultado do crescimento das energias renováveis para a produção de eletricidade, além da mudança acelerada da Europa para longe do gás após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
E alertou, no entanto, que os declínios projetados na demanda por petróleo, gás e carvão “não são nem de longe acentuados o suficiente para colocar o mundo em um caminho para limitar o aquecimento global” a 1,5 grau Celsius – a meta estabelecida no Acordo de Paris. O cumprimento deste objetivo “exigirá uma ação política significativamente mais forte e mais rápida por parte dos governos”, finalizou o representante da Agência Internacional de Energia.
Alerta da ONU
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Fonte: Olhar Digital
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