Nesta terça-feira, a seleção japonesa optou por um time misto para encarar a Turquia, e o resultado acabou por ser o mesmo que se tornou rotina: vitória por 4 a 2. Foi o quarto triunfo seguido do Japão, com atuações convincentes e resultados promissores de uma geração lapidada na Europa e comandada por Hajime Moriyasu.
Depois de golear El Salvador por 6 a 0, e Peru e Alemanha por 4 a 1, a seleção japonesa chegou contra os turcos a 18 gols em quatro partidas, sofrendo apenas quatro tentos no período. Um desempenho que dá indícios da evolução do futebol japonês
Hajime Moriyasu, presente na famosa “agonia de Doha”, quando os japoneses perderam para o Iraque e não conseguiram chegar na Copa do Mundo de 1994, já fora o técnico dos nipônicos no último Mundial. Na mesma Doha, venceu Alemanha e Espanha, por 2 a 1, e avançou na fase de grupos. O país caiu nas oitavas de final, nos pênaltis para a Croácia.
A campanha, considerada boa, permitiu a sequência no trabalho. E o treinador manteve a base da última Copa, apostando em muitos jogadores que atuam no futebol alemão (Itakura, Hiroki Ito, Tanaka, Asano e Doan) e também na Inglaterra (Tomiyasu, Mitoma e Endo).
Bundesliga e Premier League são ligas de muita intensidade, com transições rápidas. A seleção japonesa utiliza-se muito dos ataques rápidos e contra-ataques, definindo os lances, sempre que possível, com poucos passes. Objetividade, rapidez e dinamismo. O que pode ser visto em muitos destes últimos 18 gols.
Itakura (26), Tomiyasu (24), Hiroki Ito (24), Kamada (26), Morita (28) e Mitoma (26) formam uma base sólida de jogadores ainda jovens, mas já maduros e com experiência em ligas grandes, atuando no mais alto nível da Europa tanto em suas ligas locais quanto em competições da Uefa.
Takefusa Kubo, promessa há anos no futebol espanhol, também vem mostrando maturidade e, aos 22 anos, vive o momento de maior solidez em La Liga. Na atual temporada, são três gols e uma assistência em quatro jogos. Kubo deu duas assistências contra a Alemanha.
É interessante observar, também, na seleção japonesa, que apesar da rapidez dos ataques, há uma aproximação interessante de jogadores no mesmo setor, criando superioridade numérica para superar adversários mais retraídos. Contra a Turquia, usou bem as jogadas pelo flanco direito, com superioridade numérica, para superar o rival. Os turcos só se abriram no segundo tempo, em desvantagem no placar. Aí, sofreram com os ataques rápidos e contra-ataques, em transições rápidas e eficientes. El Salvador também jogou fechado, mas não conseguiu fazer frente.
Ainda é cedo para falar da seleção japonesa de Hajime Moriyasu. Mas já há bons sinais, desde antes da última Copa. O time, agora, parece mais maduro para conseguir resultados mais consistentes. E promete ser uma pedra no sapato das potências do futebol de seleções.
Fonte: Ogol
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