As negociações pelas ações da Arm, empresa britânica de chips, começam na bolsa estadunidense Nasdaq nesta quinta-feira (14). A expectativa é que esta seja a maior abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) de 2023 nos EUA – que deve ser concluída na próxima segunda-feira (18).

Para quem tem pressa:

Os papéis foram precificados em US$ 51 (aproximadamente R$ 248). Assim, a companhia deve ser avaliada em US$ 54,5 bilhões (R$ 266 bilhões). E espera-se que a oferta pública inicial de ações levante cerca de US$ 5 bilhões (R$ 24 bilhões). Entre as gestoras do processo de abertura de capital da Arm estão Barclays, Goldman Sachs e J.P. Morgan.

Ao abrir seu capital, a Arm deve se debruçar mais sobre setores nos quais não participa tanto – por exemplo: indústria automotiva e computação em nuvem. Atualmente, a empresa é uma participante dominante no setor de chips. Para você ter uma ideia, 99% dos smartphones vendidos no mundo têm semicondutores da Arm.

Além disso, a companhia está no centro de um complexo cenário geopolítico comercial. E o Olhar Digital explica os desafios que a Arm enfrenta para sua abertura de capital.

A Arm

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Imagem: Ascannio / Shutterstock.com

Apesar de ser um player tão importante no setor de chips, a empresa não fabrica os componentes – ela projeta os circuitos integrados para os aparelhos. E desde sua fundação, em 1990, a companhia se dedica ao fornecimento de chips para telefones móveis.

Atualmente, a Arm pertence à Softbank, uma empresa japonesa do setor de telecomunicações. A companhia comprou a empresa de chips em 2016 por US$ 32 bilhões – equivalente a R$ 156 bilhões na cotação atual.

Seis anos depois, a Nvidia tentou comprar a Arm por US$ 40 bilhões (R$ 195 bilhões). No entanto, o negócio não rolou por preocupações regulatórias relacionadas ao risco de surgir aí um monopólio no setor de chips. Graças ao boom recente do interesse por inteligência artificial (IA), os valores dos negócios de ambas cresceram. E seguem aumentando.

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