Pesquisadores criaram um busto robótico com rosto e GPT-3.5, a tecnologia por trás da versão convencional do ChatGPT. A equipe, com membros da Universidade Heriot-Watt e da Alana AI, o projetaram para conversar com usuários e fornecer informações em contextos específicos.

Para quem tem pressa:

A parte conversacional rola por meio do FurChat, enquanto as expressões faciais ficam a cargo da Furhat, a cabeça robótica humanóide. As informações sobre o projeto constam num artigo pré-publicado no arXiv e numa reportagem do site Tech Xplore.

O robô com ChatGPT e rosto

O principal objetivo do trabalho da equipe foi aplicar conversas contextuais específicas usando modelos grandes de linguagem (LLMs, na sigla em inglês). Além disso, o pesquisador Oliver Lemon e seus colegas esperavam testar a capacidade desses modelos de gerar expressões faciais alinhadas com o que um robô ou avatar está comunicando ou respondendo.

Queríamos investigar vários aspectos da IA incorporada para interação natural com humanos. Em particular, estávamos interessados em combinar o tipo de conversa geral ‘de domínio aberto’ que você pode ter com LLMs como o ChatGPT com fontes de informação mais úteis e específicas, neste caso, por exemplo, informações sobre um prédio e organização.

Oliver Lemon, um dos pesquisadores que realizou o estudo, ao Tech Xplore

As respostas dadas pelo agente conversacional incorporado da equipe e suas expressões faciais são geradas pelo modelo GPT-3.5. Essas são então transmitidas em termos falados e fisicamente pelo robô Furhat.

Segundo Lemon, este “é o primeiro sistema que conhecemos que combina LLMs tanto para conversas gerais quanto para fontes de informação específicas com animações automáticas e expressivas de robô”.

Assista abaixo a um vídeo que mostra o robô funcionando:

O teste

Para avaliar o desempenho do FurChat, os pesquisadores realizaram um teste com usuários humanos. Eles pediram para eles compartilharem seus comentários depois de interagirem com o agente.

Os pesquisadores instalaram o robô no National Robotarium do Reino Unido, na Escócia. Lá, ele interagiu com visitantes e ofereceu informações sobre a instalação, seus empreendimentos de pesquisa, eventos futuros etc.

No experimento inicial do mundo real da equipe, o sistema FurChat pareceu ser eficaz em se comunicar com os usuários de forma suave e informativa. No futuro, este estudo poderia incentivar a introdução de agentes de IA incorporados semelhantes baseados em LLM em espaços públicos ou museus, festivais e outros locais.

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