Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a NASA divulgou um relatório nesta quinta-feira (14) com um estudo independente focado em medidas que a agência pode tomar para ajudar o governo dos EUA a compreender os avistamentos de OVNIs – ou UAPs, na nova nomenclatura adotada.
Enquanto o termo mais antigo trata de “Objetos Voadores Não-identificados”, a designação atual, que quer dizer “Fenômenos Anômalos Não-identificados”, é mais abrangente, englobando qualquer manifestação não só no ar como também no espaço e na água.
Embora os especialistas da NASA não tenham encontrado sinais de origens extraterrestres para nenhum dos avistamentos até hoje relatados, a agência mantém seus esforços nos estudos dos casos.
“Há muito o que aprender”, diz chefe da NASA
“A principal conclusão do relatório é que há muito mais a aprender”, disse o administrador da entidade, Bill Nelson, na coletiva de imprensa promovida para divulgar o parecer. “A equipe de estudo independente da NASA não encontrou nenhuma evidência de que os UAPs tenham uma origem extraterrestre, mas não sabemos o que eles são”.
Agora, a agência está nomeando um diretor de pesquisa especializado em UAPs para aprimorar e supervisionar o estudo, revelou Nelson. “Usaremos a experiência da NASA para trabalhar com outras agências para investigar UAPs”.
O primeiro relatório da equipe de estudo de UAPs da NASA em nada acrescenta para desvendar o enigma dos OVNIs, mas lista ações que a agência pode fazer para ajudar a levar o tema adiante.
Segundo o documento, por exemplo, a NASA pode contribuir melhor para a questão aproveitando seus satélites de observação da Terra para ajudar a fornecer melhores dados e evidências de UAPs.
“Atualmente, a análise de dados UAP é prejudicada pela má calibração do sensor, a falta de múltiplas medições, a falta de metadados do sensor e a falta de dados de linha de base”, diz o relatório. “Fazer um esforço concertado para melhorar todos os aspectos é vital, e a experiência da NASA deve ser amplamente aproveitada como parte de uma estratégia de aquisição de dados robusta e sistemática dentro de toda a estrutura do governo”.
Na coletiva, Nelson citou a falta de dados em torno do tema, acrescentando que, como os avistamentos de OVNIs são geralmente imprevisíveis e instantâneos, eles são difíceis de estudar cientificamente.
“Pense nisso: a maioria dos avistamentos de UAP resulta em dados muito limitados. Isso torna ainda mais difícil tirar conclusões científicas sobre a natureza do objeto”, disse o gestor. “E então esta equipe de estudo independente reuniu alguns dos principais cientistas, especialistas em dados e inteligência artificial do mundo, e especialistas em segurança aeroespacial, todos com uma carga específica para mim, que é dizer como aplicar todo o foco da ciência e dos dados aos UAPs”.
Abordagem científica dá mais credibilidade ao tema OVNIs
Ao abordar o tema sob uma perspectiva científica séria, argumenta o relatório, a agência poderia ajudar a remover os tabus e o estigma associados ao estudo de OVNIs, que há muito é visto como pseudocientífico. “O próprio envolvimento da NASA na coleta de dados futuros desempenhará um papel importante na redução do estigma associado aos relatórios UAP, o que muito provavelmente leva ao desgaste de dados no momento”.
Desde que ex-membros da comunidade de inteligência dos EUA e militares se apresentaram para compartilhar o que afirmam ser encontros com fenômenos não identificados, o governo está sendo pressionado a agir com mais clareza sobre o assunto.
Um ex-funcionário do Pentágono e veterano da Força Aérea dos EUA chegou a declarar em uma audiência realizada pelo Congresso em julho que a Casa Branca tem escondido naves espaciais e evidências de “material biológico não-humano”.
Nenhuma prova dessas alegações foi apresentada, mas vários parlamentares têm apoiado o aprofundamento e a transparência das investigações. Uma das providências tomadas pelo governo nesse sentido foi a criação de um site focado na publicação das denúncias e análises dos registros.
Fonte: Olhar Digital
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