Olhar para o passado pode trazer respostas sobre o futuro. Um manuscrito medieval datado de 1217 pode ter sido o primeiro registro conhecido de um fenômeno espacial raro chamado “nova recorrente”. Ele acontece quando há a morte de uma estrela, o que gera repetidas explosões de luz em intervalos de tempo regulares. A conclusão foi apresentada em um artigo publicado na arXiv.org.
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O que diz o manuscrito
Foi uma “nova recorrente”?
No artigo, Schaefer descarta a possibilidade de que o monge possa ter presenciado uma supernova. Ele alega que o evento, que ocorre quando uma estrela massiva morre em uma explosão, é tão violento que se tivesse ocorrido recentemente, teria deixado para trás restos que seriam claramente visíveis até hoje.
Acredita-se que a Nebulosa do Caranguejo, por exemplo, seja o resultado de uma supernova de mil anos e é visível para a maioria dos telescópios ainda hoje.
Da mesma forma, Schaefer eliminou a hipótese de que pudesse se tratar de um planeta brilhante. Ele ressaltou que nenhum planeta visível a olho nu vaga por essa região do céu.
Já a possibilidade de que o evento tenha sido um cometa é um pouco mais difícil de desmentir. Há indícios que um corpo celeste foi visível no céu no início daquele ano. No entanto, a maioria dos monges da época estava familiarizada com cometas, que eram considerados sinais de desgraça. Por isso, é improvável que Burchard tenha registrado um cometa como algo “maravilhoso”, ou deixado de mencionar sua cauda, diz Schaefer.
Em relação ao avistamento de 1787, registrado pelo reverendo e astrônomo inglês Francis Wollaston, o pesquisador diz que o relato descreve o comportamento semelhante ao de uma estrela cujas coordenadas correspondem à posição de T CrB. As informações são da Live Science.
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Fonte: Olhar Digital
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