Quinta-feira, Novembro 14, 2024
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Antes de ir à ONU, Lula faz parada em Cuba sob olhares do Ocidente

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou na noite desta sexta-feira, 15, em Havana, capital de Cuba, para participar da reunião de cúpula do G77. Este grupo congrega nações em desenvolvimento e busca articular movimentos de interesse coletivo entre elas. O Brasil, um dos membros fundadores do bloco composto por 134 países, é parte essencial das discussões. O tema central do evento é “os desafios atuais para o desenvolvimento: o papel da ciência, da tecnologia e da inovação”, e a China também participará nesta edição.

Além da participação na cúpula, Lula terá reuniões bilaterais com o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu, e com o presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel. Após sua estadia em Cuba, o petista seguirá para Nova York, onde participará e fará o discurso de abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A recepção de Lula neste segundo evento está diretamente vinculada às suas declarações na primeira.

O discurso de Lula na ONU é muito aguardado, especialmente devido às suas declarações polêmicas. Isso inclui acenos à Rússia, como a afirmação de que Vladimir Putin não seria preso se visitasse o Brasil e uma postura neutra em relação à guerra na Ucrânia, demonstrando um distanciamento do Ocidente. O cientista político e professor de relações internacionais do Insper, Leandro Consentino, analisou o cenário do discurso de Lula e destacou a expectativa global para entender a posição do Brasil.

Na reunião do G77, espera-se que Lula faça declarações contrárias ao Ocidente e reforce parcerias além do eixo Estados Unidos-Europa. Esse fórum, que reúne países em desenvolvimento, será um ambiente propício para Lula expressar suas visões geopolíticas. O mundo estará atento ao posicionamento do Brasil e ao papel que ele busca desempenhar no Sul Global, uma abordagem que foca nas nações em desenvolvimento com relevância geopolítica. A reaproximação com Cuba representa uma mudança simbólica na política externa brasileira, simbolizando uma identidade ideológica histórica.

Fonte: Jovem Pan News

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