O “Combustível do Futuro” – que consta num Projeto de Lei (PL) enviado ao Congresso na última semana – é gasolina ou diesel fabricado sem petróleo. Esse tipo de combustível também é conhecido como e-fuel.

Para quem tem pressa:

O PL é um pacote de iniciativas com previsão de investimento de R$ 250 milhões. O objetivo é reduzir a dependência de combustíveis fósseis e a emissão de gases do efeito estufa.

E-fuel: o ‘combustível do futuro’

Homem com mão perto de bomba de combustível sem petróleo, o e-fuel
(Imagem: innovationtrail/Flickr)

A gasolina (ou diesel) fabricado sem petróleo é um tipo de combustível sintético feito a partir de hidrogênio e dióxido de carbono. Sua queima emite poluentes, mas sua produção usa fontes renováveis de energia (por exemplo: eólica, solar e hidrelétrica).

Entre suas vantagens, estão o fato do e-fuel ser líquido (ou seja, aproveita a infraestrutura atual de abastecimento), poder ser fabricado na forma de diesel e funcionar em motores que rodam com combustível “normal”.

O hidrogênio também pode ser uma alternativa às baterias de carros elétricos, que são caras e pesadas. Isso porque dá para gerar eletricidade suficiente para impulsionar as rodas com o gás, em células de combustível incorporadas aos veículos.

No Brasil, os combustíveis sintéticos são fabricados em pequena escala, inclusive pela Petrobras. E serão usados para abastecer até os carros da Fórmula 1.

O Projeto de Lei do Combustível do Futuro enviado ao Congresso traz diversas propostas. Entre elas, está a criação de um marco regulatório para esse tipo de combustível no país.

No Chile, a Porsche fabrica a gasolina sem petróleo em pequena escala. Já na Alemanha, o governo e marcas como Audi e Bosch também têm investido nesse tipo de combustível.